Publicado em
28/11/2019
às 11:10
Itapuranga
A Polícia Civil apreendeu mais de 100 mil peças de veículos falsificadas em uma fábrica em Itapuranga, no norte de Goiás. A mercadoria irregular está avaliada em R$ 5 milhões e era revendida em vários estados do Brasil.
Segundo o diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, Rodolpho Ramazzini, essa foi a maior apreensão de produtos falsificados desse tipo no ano em todo país. A entidade foi a responsável por informar a Polícia Civil de Goiás após receber uma denúncia.
As equipes realizaram a apreensão à última quarta-feira (27). As investigações duraram dois meses, mas a suspeita dos policiais é que os criminosos atuavam há cerca de um ano.
“As peças vinham da China e essa empresa trocava as embalagens originais por outras de marcas famosas, gravavam o nome da marca na peça e revendiam. Agora vamos investigar se as pessoas que compravam sabiam que o produto era falso”, disse o delegado Frederico Maciel.
As peças foram encontradas em um galpão onde funcionava uma empresa que produzia câmaras de ar. A Polícia Civil acredita que essa era só uma fachada para esconder as falsificações. Ninguém foi preso no momento da operação.
“Quando chegamos, havia mais de 20 funcionários trabalhando e todos eles vão ser investigados. O nosso foco era o dono, mas a empresa está no nome de outra pessoa e ele não foi encontrado lá”, explicou o delegado.
Os investigados podem responder por vender material impróprio para o consumo e por reproduzir produtos sem autorização da marca.
Rodolpho Ramazzini também explicou o perigo que usar essas peças representa ao consumidor.
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“Durante as investigações, compramos algumas peças e enviamos para as indústrias fazerem testes e ficou comprovado que são peças de baixíssima categoria. E a falsificação desse tipo de produto é muito perigosa ao consumidor, porque pode causar acidentes”, disse.
Ele explicou que em muitos casos, a falsificação era grosseira, mas como os consumidores finais muitas vezes não viam as peças e embalagens, não tinham como desconfiar.
“Esse tipo de produto custa 30% do valor de um original para ser fabricado. Mas o consumidor paga o preço do original. E só a falsificação de peças automotivas gera um prejuízo de R$ 8 bilhões por ano ao país”, completou.
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