Publicado em
28/01/2022
às 10:10
Em Goiás
A informação foi confirmada pela
secretária de Saúde de Cavalcante, Gesselia Batista Fernandes, que disse
estar "surpresa" com a prisão.
“É um médico que não temos
reclamações dele. Como colega de trabalho, por cinco anos, nunca vimos uma
pessoa reclamar dele. Como secretária, nunca recebi reclamação. Essa prisão foi
algo que nos chocou muito”, declarou Gesselia Batista.
Em nota, a Polícia Civil informou que o médico foi preso por exercício irregular da profissão, desacato, resistência, desobediência, ameaça e lesão corporal. A corporação disse ainda que o médico se alterou e ofendeu o delegado e sua equipe, o que seria confirmado por testemunhas, uma delas, inclusive, enfermeira da unidade de saúde.
O profissional atende em Cavalcante por
meio de contrato com o programa Mais Médicos do governo federal, desde novembro
de 2016. O contrato com o Ministério da Saúde se encerra em 19 de novembro
deste ano.
Uma testemunha, que preferiu não se identificar, estava no posto de saúde e relatou como a polícia realizou a prisão.
“Quando abriram a porta, já
saíram com o doutor algemado. Ainda deram um empurrão nele lá fora, o colocaram
no camburão e levaram para delegacia. O médico pediu para a gente filmar, mas o
delegado ainda nos ameaçou dizendo que seria todo mundo preso, e tinha muito
paciente no momento", contou a testemunha.
De acordo com testemunhas, o
delegado apresentava sintomas gripais e fez o teste rápido para Covid no posto
de saúde. Mais tarde, quando voltou para buscar o resultado, viu que deu
positivo e, por isso, pediu atendimento prioritário por ser autoridade.
O médico, por sua vez, recusou o
atendimento prioritário, segundo a sua assessoria. Depois, o delegado voltou
com dois policiais e levou Fábio Franca algemado de dentro do posto de saúde.
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