Terça-feira, 23 de Abril

Mãe diz à polícia que ateou fogo e matou bebê por ‘vergonha’ de ter a gravidez descoberta

Publicado em 13/05/2021 às 13:37
Goiânia

 

A mulher de 24 anos que foi presa suspeita de atear fogo e matar o filho recém-nascido em Anápolis, afirmou em depoimento que cometeu o crime porque estava com muita vergonha de ter a gravidez descoberta. Ao delegado do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Wllisses Valentim, ela contou que ninguém podia saber da gestação.

 

'Segundo ela, a mãe é muito doente e até morreria se soubesse, ela estava com muita vergonha de ter sido descoberta, não queria o bebê e queria se desfazer dele', diz o delegado.

 

Durante o interrogatório, ela revelou que o pai dela mora no exterior e que sua mãe vive acamada. Por isso, não receberia bem a notícia da gestação. A delegacia ainda não confirmou as informações fornecidas pela suspeita e não sabe quais os problemas de saúde que a avó do bebê supostamente possui.

 

O crime foi descoberto na última quarta-feira (12), após um pedestre ver um cachorro arrastar o corpo carbonizado por uma rua do Bairro Cerejeiras. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a mulher desce do carro com o filho em uma caixa de papelão e entra no lote baldio. Em seguida, ela pega um galão com álcool para atear fogo ao corpo do neném

 

Em depoimento, o namorado da mulher contou que, ao saber da gravidez, eles decidiram realizar um aborto e que ela mentiu que havia dado certo. Wllisses conta ele também será investigado para confirmar se tem envolvimento no crime.

 

O delegado completa que a jovem diz ter escondido a gestação com cintas para pressionar a barriga e chorou durante o interrogatório, mas estava convicta em sua decisão em não ter o filho. 'Ela estava muito certa do que queria', assegura o delegado.

 

Trecho do interrogatório da mulher revelado pelo delegado indica que a o bebê, que teria nascido há cerca de uma semana, poderia estar vivo antes da mãe atear fogo. “Segundo ela, ele estava com corpo quente quando o colocou na caixa de papelão”, explica Wllisses.

A comprovação só poderá ser feita após o laudo cadavérico feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve ficar pronto em até 15 dias.

 

De acordo com a Polícia Civil, a localização da mãe foi feita de forma rápida, entre outros fatores, porque o menino ainda estava com a pulseira usada em hospitais para identificar crianças. A mulher permanece presa no GIH e foi autuada pelo crime de ocultação de cadáver. Informações do site G1.

 

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