Publicado em
13/05/2021
às 13:37
Goiânia
A mulher de 24 anos que foi presa
suspeita de atear fogo e matar o filho recém-nascido em Anápolis, afirmou
em depoimento que cometeu o crime porque estava com muita vergonha de ter a
gravidez descoberta. Ao delegado do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH),
Wllisses Valentim, ela contou que ninguém podia saber da gestação.
'Segundo ela, a mãe é muito
doente e até morreria se soubesse, ela estava com muita vergonha de ter sido
descoberta, não queria o bebê e queria se desfazer dele', diz o delegado.
Durante o interrogatório, ela
revelou que o pai dela mora no exterior e que sua mãe vive acamada. Por isso,
não receberia bem a notícia da gestação. A delegacia ainda não confirmou as
informações fornecidas pela suspeita e não sabe quais os problemas de saúde que
a avó do bebê supostamente possui.
O crime foi descoberto na última
quarta-feira (12), após um pedestre ver um cachorro arrastar o corpo
carbonizado por uma rua do Bairro Cerejeiras. Câmeras de segurança flagraram o
momento em que a mulher desce do carro com o filho em uma caixa de papelão e
entra no lote baldio. Em seguida, ela pega um galão com álcool para atear fogo
ao corpo do neném
Em depoimento, o namorado da
mulher contou que, ao saber da gravidez, eles decidiram realizar um aborto e
que ela mentiu que havia dado certo. Wllisses conta ele também será investigado
para confirmar se tem envolvimento no crime.
O delegado completa que a jovem
diz ter escondido a gestação com cintas para pressionar a barriga e chorou
durante o interrogatório, mas estava convicta em sua decisão em não ter o
filho. 'Ela estava muito certa do que queria', assegura o delegado.
Trecho do interrogatório da
mulher revelado pelo delegado indica que a o bebê, que teria nascido há cerca
de uma semana, poderia estar vivo antes da mãe atear fogo. “Segundo ela, ele
estava com corpo quente quando o colocou na caixa de papelão”, explica
Wllisses.
A comprovação só poderá ser feita
após o laudo cadavérico feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve ficar
pronto em até 15 dias.
De acordo com a Polícia Civil, a
localização da mãe foi feita de forma rápida, entre outros fatores, porque o
menino ainda estava com a pulseira usada em hospitais para identificar
crianças. A mulher permanece presa no GIH e foi autuada pelo crime de ocultação
de cadáver. Informações do site G1.
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