Publicado em
01/07/2025
às 11:37
Uma operação da Polícia Civil cumpre 50 ordens judiciais e bloqueia R$ 127 milhões de grupo investigado por fraude. Intitulada Paper Ox, a operação é realizada em oito municípios em Goiás e, também, nos estados do Tocantins, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia e, por isso, a reportagem não obteve contato da defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Em Goiás, os mandados foram cumpridos nas cidades de Catalão, Porangatu, Goiatuba, Luziânia, Anápolis, Jussara, Goianira e em Goiânia.
Nos outros estados, os mandados foram cumpridos em Brasília (DF), em Palmas (TO), em Pontal do Araguaia (MT) e em Cardoso (SP).
A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (1º), com o apoio da Agrodefesa. Entre os mandados cumpridos, quatro são de mandados de prisão preventiva, 19 de medidas cautelares diversas da prisão e 25 mandados de busca e apreensão.
Em nota, a Agrodefesa informou que a operação policial começou após o setor de inteligência do órgão verificar inconsistências no uso do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). O caso foi informado à Secretaria da Economia do Estado de Goiás e à Polícia Civil.
Ainda segundo a Agrodefesa, análise técnica constatou que uma organização criminosa teve acesso indevido às credenciais de produtores rurais, utilizando-as para emitir GTAs fraudulentas. As guias eram utilizadas para esconder operações irregulares: sonegação fiscal, fraudes em empréstimos bancários e a documentação de rebanhos sem origem comprovada.
O órgão ressalta que não houve quebra na segurança do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), mas falho no uso das credenciais por parte de alguns usuários
Segundo a Polícia Civil, esta é a segunda fase da operação. O grupo investigado é suspeito de fraudar a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e de notas fiscais referentes a movimentação de bovinos.
O delegado responsável pela investigação Arthur Fleury contou que entre os bens bloqueados pela operação estão três fazendas, um imóvel urbano e veículos. "Essa operação visa desarticular e dar um fim ao grupo criminoso que gera prejuízo ao nosso estado", declarou.
NOTA DA AGRODEFESA
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) informa que é parceira da Polícia Civil de Goiás na Operação Paper Ox, deflagrada nesta segunda-feira (1º), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), com o objetivo de combater fraudes na emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e notas fiscais relativas à movimentação de bovinos.
Cabe destacar que as investigações que culminaram na operação policial tiveram início a partir da atuação do setor de inteligência e tecnologia da própria Agrodefesa, que identificou inconsistências no uso do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). A partir dessa apuração preliminar, a Agência encaminhou as informações à Secretaria da Economia do Estado de Goiás e à Polícia Civil, que instaurou a investigação e adotou as medidas legais cabíveis.
Durante a análise técnica, foi constatado que uma organização criminosa teve acesso indevido às credenciais de produtores rurais, utilizando-as para emitir GTAs fraudulentas. Essas guias eram utilizadas para acobertar operações irregulares, como sonegação fiscal, fraudes em empréstimos bancários e a documentação de rebanhos sem origem comprovada.
Ressaltamos que não houve quebra na segurança do sistema Sidago, mas sim falha no uso das credenciais por parte de alguns usuários que, por algum motivo, compartilharam suas senhas pessoais, o que contraria as boas práticas de segurança digital e os termos de uso do sistema.
A Agrodefesa reforça a importância de que as credenciais de acesso sejam utilizadas exclusivamente pelos seus titulares, sendo terminantemente proibido o compartilhamento de senhas. Recomendamos, ainda, o acesso preferencial por meio da conta gov.br e a troca periódica das senhas, como forma de garantir a integridade do sistema e a segurança das informações.
A Agência permanece à disposição das autoridades policiais e reafirma seu compromisso com a transparência, a integridade dos dados e a legalidade nas ações de defesa agropecuária em Goiás.
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