Publicado em
22/03/2022
às 22:17
Caldas Novas
A perita criminal Kathia Mendes
Magalhães, que atuava como Coordenadora da unidade de Polícia Científica
de Caldas Novas, foi afastada das funções. Ela é investigada por forjar um
atentado contra si própria com a ajuda de um servidor da prefeitura da cidade,
que também teve o afastamento determinado pela Justiça, segundo o Ministério
Público do Estado de Goiás (MP-GO).
Segundo a Polícia
Técnico-Científica, a determinação para que a perita deixasse as atividades foi
recebida e cumprida na sexta-feira (18).
Por meio de nota, a Prefeitura
de Caldas Novas "confirma que recebeu a decisão judicial e que o
município irá dar cumprimento integral ao que foi determinado". Também de
acordo com o texto, "o investigado Douglas Souza de Oliveira é credenciado
como auxiliar de necropsia e a administração já está providenciando a rescisão
do seu contrato".
A defesa da perita informou, por
mensagem, que assim que recebeu alta do hospital por causa do tiro que levou,
foi internada em unidade de tratamento psiquiátrico em Anápolis, a 55 km de
Goiânia, onde a família dela mora.
Já no caso do servidor municipal,
a reportagem não conseguiu descobrir quem é responsável pela defesa dele para
pedir um parecer sobre o caso.
Segundo o MP-GO, a previsão é que
estas medidas durem 180 dias. O órgão afirma que também conseguiu decisão
favorável da Justiça para:
quebra de sigilos telefônicos dos
dois investigados;
suspensão do porte de armas e
recolhimento das armas de fogo a perita e do servidor;
a proibição de os investigados
manterem contato entre si, com as testemunhas e demais peritos e servidores
além de membros da Corregedoria da Polícia Técnico-Científica e Corregedoria do
Município de Caldas Novas.
Atentado
No último dia 10 de março, a
perita foi atingida com um tiro no peito enquanto dirigia pela GO-213, a
caminho de casa. Para a Polícia Civil, que investiga o caso, Káthia Magalhães
contou que foi vítima de um atentado. Mais tarde, ela confessou aos investigadores
que armou o ataque porque queria ser transferida de cidade.
As investigações apontaram que
ela armou a situação com um servidor da prefeitura de Caldas Novas. O
homem teria sido o responsável por atirar contra ela.
Káthia Magalhaes pode responder
na Justiça, ao final da investigação, por fraude processual, peculato e posse
ilegal de arma de fogo.
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