Sábado, 14 de Junho

Perita que planejou o próprio atentado é afastada do trabalho em Caldas Novas

Publicado em 22/03/2022 às 22:17
Caldas Novas

A perita criminal Kathia Mendes Magalhães, que atuava como Coordenadora da unidade de Polícia Científica de Caldas Novas, foi afastada das funções. Ela é investigada por forjar um atentado contra si própria com a ajuda de um servidor da prefeitura da cidade, que também teve o afastamento determinado pela Justiça, segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

 

Segundo a Polícia Técnico-Científica, a determinação para que a perita deixasse as atividades foi recebida e cumprida na sexta-feira (18).

Por meio de nota, a Prefeitura de Caldas Novas "confirma que recebeu a decisão judicial e que o município irá dar cumprimento integral ao que foi determinado". Também de acordo com o texto, "o investigado Douglas Souza de Oliveira é credenciado como auxiliar de necropsia e a administração já está providenciando a rescisão do seu contrato".

A defesa da perita informou, por mensagem, que assim que recebeu alta do hospital por causa do tiro que levou, foi internada em unidade de tratamento psiquiátrico em Anápolis, a 55 km de Goiânia, onde a família dela mora.

Já no caso do servidor municipal, a reportagem não conseguiu descobrir quem é responsável pela defesa dele para pedir um parecer sobre o caso.

 

Segundo o MP-GO, a previsão é que estas medidas durem 180 dias. O órgão afirma que também conseguiu decisão favorável da Justiça para:

quebra de sigilos telefônicos dos dois investigados;

suspensão do porte de armas e recolhimento das armas de fogo a perita e do servidor;

a proibição de os investigados manterem contato entre si, com as testemunhas e demais peritos e servidores além de membros da Corregedoria da Polícia Técnico-Científica e Corregedoria do Município de Caldas Novas.

 

Atentado

No último dia 10 de março, a perita foi atingida com um tiro no peito enquanto dirigia pela GO-213, a caminho de casa. Para a Polícia Civil, que investiga o caso, Káthia Magalhães contou que foi vítima de um atentado. Mais tarde, ela confessou aos investigadores que armou o ataque porque queria ser transferida de cidade.

As investigações apontaram que ela armou a situação com um servidor da prefeitura de Caldas Novas. O homem teria sido o responsável por atirar contra ela.

Káthia Magalhaes pode responder na Justiça, ao final da investigação, por fraude processual, peculato e posse ilegal de arma de fogo.

Comentários


Os comentários não expressam a opinião do Jornal Populacional e são de exclusiva responsabilidade do autor.

Encontre mais notícias relacionadas a: Polícia,

Veja Também


/* /* ]]> */