Quarta-feira, 02 de Julho

STF condena a 17 anos de prisão homem que levou bola assinada por Neymar no 8 de Janeiro

Publicado em 01/07/2025 às 14:11
Brasil

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou a 17 anos de prisão o homem que levou uma bola assinada por Neymar durante os atos golpistas do 8 de Janeiro, em Brasília. Nelson Ribeiro Fonseca Júnior foi responsabilizado por diversos crimes cometidos na invasão ao Congresso Nacional, incluindo a subtração do objeto autografado pelo craque da seleção brasileira.

O julgamento foi realizado no plenário virtual da corte, e o resultado foi divulgado nesta terça-feira (1º). Além da pena de 17 anos de prisão, o réu terá que arcar com uma multa de R$ 30 milhões, dividida entre os demais condenados pelos ataques. A decisão teve como relator o ministro Alexandre de Moraes, e foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.Para Moraes, a conduta de Nelson foi “extremamente grave”, uma vez que ele não apenas participou de um movimento que buscava “aniquilar os pilares essenciais do Estado democrático de Direito”, como também se associou a um grupo criminoso e incitou terceiros a aderirem à ação violenta.

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Nelson admitiu em depoimento à Polícia Federal que esteve na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e entrou no Congresso Nacional. Lá, encontrou a bola assinada por Neymar no chão, já fora do recipiente de proteção, e decidiu levá-la consigo. Ele alegou que a intenção era “proteger” o item e devolvê-lo mais tarde, mas permaneceu com ele por mais de duas semanas.O réu foi identificado após se apresentar espontaneamente à Polícia Militar de Sorocaba, em São Paulo, no dia 28 de janeiro de 2023. Ele procurou os agentes para devolver a bola e foi conduzido até a delegacia da cidade. A investigação da PF, aliada à confissão e às provas nos autos, confirmou que ele esteve no interior da Câmara dos Deputados e cometeu o furto.

A defesa tentou anular a sentença, alegando ausência de contraditório e questionando a competência do STF para julgar o caso, mas os argumentos foram rejeitados. Com isso, foi mantida a condenação de 17 anos de prisão ao homem que levou a bola assinada por Neymar no 8 de Janeiro, em uma das sentenças mais simbólicas da repressão aos atos antidemocráticos.

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