Publicado em
04/06/2025
às 18:26
Brasil
A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou caiu novamente e atingiu o pior patamar desde o início do terceiro mandato, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4/6) pela Genial/Quaest. O levantamento mostra que 57% dos brasileiros desaprovam o governo federal, um ponto a mais do que em março e a quinta alta consecutiva desde julho de 2024. Já a taxa de aprovação variou de 41% para 40%.
Embora a oscilação esteja dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, o resultado reforça a percepção de desgaste contínuo da imagem presidencial, especialmente entre faixas do eleitorado que historicamente apoiam o PT. Em julho do ano passado, Lula ainda contava com 54% de aprovação, contra 43% de desaprovação. A inversão ocorreu em dezembro, quando, pela última vez, a maioria ainda se dizia satisfeita com o governo.
Entre os eleitores de menor renda, que recebem até dois salários mínimos, a desaprovação subiu de 45% para 49%, enquanto a aprovação caiu de 52% para 50%. A deterioração também se acentuou no Sudeste (60% para 64%) e entre moradores do Norte e Centro-Oeste (52% para 55%). Pela primeira vez, os católicos passaram a compor maioria crítica ao governo: 53% de desaprovação.
A comparação com gestões anteriores ajuda a explicar o humor do eleitorado. Para 44% dos entrevistados, o governo Lula 3 é “pior” que o de Jair Bolsonaro (PL). Outros 40% avaliam como “melhor” e 13% acham ambos equivalentes. Já ao confrontar o momento atual com os dois primeiros mandatos de Lula, 56% avaliam que o desempenho é inferior.
A pesquisa também mostra que 70% dos brasileiros acreditam que Lula não está cumprindo as promessas de campanha. Além disso, 45% afirmam que o governo está “pior do que esperavam”. A queda de expectativa preocupa o Planalto, que tem cobrado de ministros mais presença em eventos públicos e aceleração de novos programas sociais.
Apesar do cenário amplamente desfavorável, alguns indicadores amenizam o pessimismo. A percepção de piora da economia recuou de 56% para 48%. Também houve leve redução na preocupação com a alta dos preços, ainda que 79% continuem apontando os alimentos como problema central.
A pesquisa foi contratada pela Genial Investimentos e ouviu presencialmente 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
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