Casal que vendia cigarros eletrônicos em Jaraguá, Pirenópolis, Goianésia e Ceres é preso

Publicado em 21/05/2025 às 18:59
Em Goiás

Um casal, que não teve a identificação divulgada, foi preso por contrabandear e comercializar cigarros eletrônicos em Goianésia, na região norte de Goiás. A prisão aconteceu nesta terça-feira (20) na casa dos suspeitos, onde as equipes da Delegacia da Receita Federal, do Comando de Operações de Divisas (COD) e da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Goianésia encontraram 366 cigarros eletrônicos.

O homem e a mulher estavam sob investigação da polícia por serem responsáveis pela venda e distribuição de produtos contrabandeados para as cidades de Jaraguá, Pirenópolis e Ceres. Durante a operação, as equipes policiais descobriram o endereço de um centro de distribuição clandestino e foram até o local, onde apreenderam os cigarros, 125 essências, máquinas de cartão de crédito, celulares, notebooks e outros objetos utilizados na venda.

Segundo a polícia, o prejuízo foi estimado em R$ 120 mil reais e todo o material apreendido foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal, assim como o casal que segue à disposição da Justiça.

Comercialização ilegal de cigarros eletrônicos

Na última quarta-feira (14), a Polícia Civil realizou uma operação para desmantelar um depósito clandestino de cigarros eletrônicos no Setor Jardim Europa, em Goiânia. A ação aconteceu após denúncias de distribuição irregular do dispositivo na região.

Durante campana no local, a polícia observou uma intensa movimentação de motoristas de aplicativo parando e aguardando entregas do lado de fora do prédio. O entregador e os motoristas foram presos em flagrante no exato momento em que a entrega era realizada. Dentro da sala, foram encontrados aproximadamente 60 mil cigarros eletrônicos de diversos modelos e tecnologias, avaliados em cerca de R$ 300 mil.

Os produtos e os suspeitos foram conduzido à Central de Flagrantes.

Consumo de cigarro eletrônico segue alto no Brasil

Os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil desde 2009, mas continuam sendo amplamente consumidos, especialmente por adolescentes e jovens adultos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, mostram que 2,9 milhões de brasileiros utilizam esses dispositivos, e mais de 6 milhões já os experimentaram.

O consumo de cigarros eletrônicos aumentou 600% entre 2018 e 2023, e 16% dos jovens entre 13 e 17 anos e 21,4% dos jovens de 18 a 24 anos já experimentaram esses produtos.

O uso de cigarros eletrônicos pode causar sérios danos à saúde, incluindo doenças cardiovasculares, câncer e problemas pulmonares graves. Os aerossóis emitidos pelos vapes contêm substâncias tóxicas, como metais pesados, e seus efeitos a longo prazo ainda estão sob estudos.