Publicado em
17/05/2025
às 19:10
Minas Gerais
No primeiro encontro oficial de pais de bebês Reborn, realizado neste fim de semana. Reunidos por um amor em comum — as bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos — os participantes trocaram experiências, compartilharam histórias comoventes e levantaram um debate polêmico: a busca por mais reconhecimento e inclusão em programas sociais, como o Bolsa Família.
Durante o encontro, muitos pais e mães relataram os desafios diários de cuidar dos bebês Reborn, que, para eles, têm um valor emocional profundo. Em alguns casos, essas bonecas são tratadas com o mesmo zelo dedicado a crianças reais, servindo como uma forma de conforto, superação de traumas ou preenchimento de vazios emocionais.
Uma das participantes declarou, com convicção: “Ela mama demais”, referindo-se à frequência com que ‘alimenta’ sua boneca, e defendeu o direito de receber benefícios sociais para arcar com os cuidados dedicados à ‘filha’. A fala gerou reações diversas, dentro e fora do evento.
O encontro também trouxe à tona discussões sobre saúde mental, inclusão e o limite entre afeto e realidade. Embora a prática seja, para muitos, terapêutica, especialistas alertam para a importância do acompanhamento psicológico em casos onde a fantasia passa a interferir na vida prática e nas políticas públicas.
A pauta agora deve seguir repercutindo nas redes sociais e entre autoridades. O pedido por inclusão no Bolsa Família, embora controverso, evidencia uma demanda crescente por reconhecimento de realidades afetivas distintas, que desafiam os padrões tradicionais da parentalidade.
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