Quinta-feira, 25 de Abril

Polícia Civil prende homem suspeito de ser o maior estuprador em série de Goiás

Publicado em 19/09/2019 às 20:53
Em Goiás

Na manhã desta quinta-feira, 19, a Polícia Civil apresentou à imprensa Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 47 mulheres em várias cidades de Goiás, entre elas, Bela Vista de Goiás, Abadia de Goiás, Hidrolândia e Aparecida de Goiânia.

 

Durante sua apresentação que aconteceu na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado, a polícia explicou que a prisão do suspeito é resultado da operação “Impius”, uma verdadeira força-tarefa que durou 45 dias envolvendo diretamente mais de 40 pessoas. A operação teve início após a Polícia Técnico-Científica encontrar o perfil genético de Wellington em dezenas de vítimas de estupros, crimes iniciados em 2008. Cerca de 22 casos foram atribuídos ao suspeito depois que fizeram testes de DNA, no entanto, ele confessou apenas seis.

 

“Esse homem cabisbaixo, abatido, que os senhores viram hoje é um dos maiores estupradores em série do país. Em Goiás, não há nenhum caso parecido com esse”, disse a delegada Ana Paula Machado, integrante da força-tarefa.

 

Segundo a polícia, um dos casos que está sendo investigado é um ocorrido em 2011, quando Wellington teria estuprado uma mulher e sua bebê de apenas cinco meses de vida. Na ocasião o suspeito chegou a ser preso e transferido para Mato Grosso, mas, meses depois, conseguiu fugir e voltou para Goiás, onde foi detido novamente na quinta-feira, 12, em Aparecida de Goiânia.

 

“Ele é originário do Mato Grosso. Aos 22 anos ele chefiava uma organização que cometia assaltos e homicídios. Em uma chacina, ele matou a ex-mulher e dois filhos dela. Ele despreza a mulher, a considera um ser inferior. Ele filmava as vítimas após o estupro para que elas não denunciassem e abusou por duas vezes de mães e filhas”, disse o delegado Carlos Leveger.

 

“Em 2015, foram coletados vestígios de uma vítima de estupro e inserido no banco genético. Em 2017, foi coletado novo vestígio de outra vítima e coincidiu com a amostra anterior. No mesmo ano apareceram outras quatro vítimas compatíveis. No final de 2018 já somavam nove mulheres e isso nos chamou a atenção. Com isso, avisamos a Polícia Civil”, explicou Marcos de Melo, superintendente da Polícia Técnico-Científica.

 

As investigações apontam que Wellington abordava as mulheres usando uma arma, pegava os celulares delas, as colocava na moto e as estuprava em um local afastado. Para dificultar a identificação, o suspeito cometia os crimes usando um capacete e só os praticavam quando ainda estava escuro, ou seja, a noite ou de madrugada.

 

Wellington Ribeiro ainda é suspeito de estuprar uma adolescente de 12 anos no ano de 2018 quando ela voltava da igreja. Para Rodney Miranda, secretário de segurança pública de Goiás, este caso mostra a necessidade do suspeito permanecer preso. Para ele, Wellington não tem a mínima condição de permanecer nas ruas.

 

“Um caso desse nos mostra que temos que debater a impunidade no nosso país. Um sujeito desse, se for para as ruas, alguém duvida que ele vá cometer outros crimes? Enquanto eu for secretário, eu vou acompanhar o cumprimento dessa pena para que ele não tenha a mínima chance de botar o nariz para fora do presídio”, argumentou o secretário.

 

Segundo a polícia, ao ser preso, Wellington trafegava em uma moto roubada e apresentou uma identidade falsa durante a abordagem. Ele deverá responder por receptação, uso de documento falso, roubo e estupro. As penas somadas pode chegar a 600 anos de prisão.

 

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