Sexta-feira, 26 de Abril

Final de ano: artigo com Roberto Ravagnani

Publicado em 27/12/2018 às 19:59

Eu não sei se isto acontece com vocês mas comigo acontece, percebo que todos a minha volta ficam um pouco loucos, correm para todos os lados, querem falar com todos, se reunir com todos aqueles que não se viram durante o ano todo, dá a impressão que não haverá amanhã ou o novo ano no caso.

 

Me causa uma certa aflição isso, mais ainda quando vejo a mesma atitude com relação a ajuda ao próximo, que também causa uma certa comoção e todos saem em busca de uma OSC ou ONG como queira para ajudar no final do ano.

 

O mais engraçado que depois de dezembro vem a bonança, a partir de então todas as organizações ou quase todas, passa o ano quase que como mendigas com CNPJ, pois mal conseguem pagar suas contas ordinárias, quiçá investir em treinamento, formas de geração de recursos, etc.

 

Será mesmo que tem que ser assim? O ano todo nos dedicando ao trabalho e a tudo que está a nossa volta e nos últimos dias do ano tentar resgatar tudo aquilo que deveria ter sido feito durante o ano todo.

 

Temos o péssimo habito de procrastinar, e fazemos isso com quase tudo, quando se trata de voluntariado, ou causas sociais, isso é muito usual.

 

Temos no Brasil 810.000 organizações legais e capazes e merecedoras de cuidados voluntários, doações, visitas e apoio de forma geral. Por que temos que faze-lo somente ao apagar as luzes do ano?

 

Não seria mais inteligente dividir esta atenção durante os 365 dias do ano e tratar o passar do ano como um fato cronológico natural, sim podemos comemorar e devemos, pois, é mais um ano que conseguimos sobreviver e fazer com nossos propósitos pudessem se concretizar e isso é muito bom.

 

Vamos começar o ano que vai entrar com pensamentos de ajuda ao próximo desde o início? Tenho certeza que o final do ano pode se tornar um pouco mais leve e menos corrido pois boa parte de nossas boas intenções as fizemos durante todo o ano. Que todos tenham um ano novo repleto de boas ideias, bons princípios e boas práticas. E nos encontramos logo ali, na primeira semana do ano estarei aqui novamente com vocês. Um grande e fraterno abraço a todos.

 

O autor é Roberto Ravagnani, palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201), conteudista e Consultor de voluntariado e responsabilidade social empresarial. Voluntário palhaço hospitalar desde 2000, fundador da ONG Canto Cidadão, Associado para o voluntariado da GIA Consultores no Chile, fundador da Aliança Palhaços Pelo Mundo, Conselheiro Diretor da Rede Filantropia, sócio da empresa de consultoria Comunidea e Membro Engage for business. www.robertoravagnani.com.br

 

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