Quinta-feira, 25 de Abril

Brasileiro trabalha até 31 de maio para pagar tributos, aponta IBPT

Publicado em 31/12/2013 às 21:00

Os investimentos dos setores industrial e de serviços deverão somar R$ 34,7 bilhões nos próximos quatro anos, em especial nas atividades de mineração e beneficiamento, transporte e logística e sucroenergética. A informação faz parte da Pesquisa de Intenção de Investimentos no Estado, uma espécie de censo, elaborado pela Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan), através do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB).

Do total de investimentos previstos até 2017, R$ 8,39 bilhões (24,2%) correspondem à atividade de Mineração e Beneficiamento: são 35 projetos de implantação e expansão. Um dos projetos importantes trata-se da mineradora Anglo American, em Catalão, que anunciou investimentos de US$ 1 bilhão para aumentar a produção de fosfato e US$ 350 milhões para a de nióbio.

Outro importante projeto é a implantação de uma indústria para exploração de jazida de terras raras – conjunto de elementos químicos utilizados em diversas indústrias – prevista para o município de Minaçu, Região Norte do Estado. O investimento previsto é de até R$ 1,2 bilhão, pela Mineração Serra Verde, empresa do Grupo Mining Ventures Brasil (MVB).

No setor de Transporte e Logística, são esperados 85 projetos envolvendo investimentos de R$ 6,31 bilhões (18,2%). Um dos projetos refere-se à Plataforma Logística Multimodal de Goiás, no município de Anápolis. A plataforma logística, relacionada com o Distrito Agroindustrial e o Porto Seco (Estação Aduaneira do Interior) e com a adequação do Aeroporto Civil de Anápolis para um aeroporto de cargas formatará um nó estratégico de distribuição de cargas de abrangência nacional e internacional.

O terceiro setor com maior participação no total de investimentos previstos é o Sucroenergético, que apresentou nesta pesquisa 20 projetos, sendo cinco de implantação e 15 de ampliação, totalizando investimentos previstos de R$ 6,04 bilhões. Se comparado às pesquisas anteriores, este setor, há muito, já não mostra a euforia e explosão verificadas a partir de 2007.

Outro setor de destaque na pesquisa de intenção de investimentos é o da Indústria de Alimentos e Bebidas. A GSA-Gamas Sucos e Alimentos assinou, no ano passado, protocolo de intenções para a ampliação e modernização da fábrica de Aparecida de Goiânia, na qual estão sendo investidos R$ 34,7 milhões.

Com 9,9% do total de investimentos a serem aplicados em Goiás está a indústria Metal-Mecânica, representando um montante de R$ 3,45 bilhões. O aumento registrado na procura por colhedoras de cana e pulverizadores no País levou a John Deere a investir aproximadamente US$ 40 milhões na expansão da sua fábrica de Catalão. A conclusão da expansão se dará no início de 2015 .

 

Distribuição dos recursos no Estado 

 

Do montante de R$ 34,7 bilhões previstos em investimentos no Estado, 18,7% estão localizados na Região Metropolitana de Goiânia, influenciado pelo projeto do VLT e construção do novo terminal de embarque do aeroporto de Goiânia. As regiões sudeste goiano (14,0%), centro goiano (13,9%), sul goiano (12,9%) e sudoeste goiano (7,9%) concentram volumes expressivos de investimentos previstos. As demais regiões totalizam 19,6% do montante previsto. Vale ressaltar ainda que 13,5% referem-se a projetos que permeiam vários municípios goianos ou ainda não possuam lugar definido para sua implantação.

De acordo com o gerente de estudos socioeconômicos do IMB, da Segplan, Marcos Arriel, para levantar as intenções de investimentos no Estado, técnicos do IMB/Segplan coletaram informações junto à Secretaria de Indústria e Comércio (SIC) relacionados a requerimentos de incentivos do Programa Produzir, bem como dados do Censo Produzir/Fomentar, do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e da GoiásFomento, e também projetos de investimentos divulgados nos meios de comunicação. Ele pontua que o montante de investimentos pode ser subestimado, já que alguns grupos já manifestam ampliar o total de investimentos projetados inicialmente.

Arriel ressalta que a política de incentivos fiscais é fundamental para o dinamismo observado no Estado. “Havendo um retrocesso nessa política, certamente vai afetar o nível de investimentos e, consequentemente, a economia”, diz.

 O Hoje 

 

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