Sexta-feira, 26 de Abril

Tatuador é preso por tortura após escrever 'eu sou ladrão e vacilão' na testa de adolescente

Publicado em 11/06/2017 às 16:30

O tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis, 27 anos, e o vizinho Ronildo Moreira de Araújo, 29 anos, foram presos em flagrante por tortura, na noite desta sexta-feira (9), no Centro de São Bernardo do Campo.

 

Eles são responsáveis por tatuar a inscrição 'eu sou ladrão e vacilão' na testa de um adolescente de 17 anos. O crime, segundo informações da polícia, foi cometido na manhã desta sexta-feira.

 

Na tarde deste sábado (10), a juíza Inês Del Cid, da Vara Criminal de São Bernardo do Campo, decretou a prisão preventiva dos dois.

 

A tatuagem foi filmada com o celular de Maycon, compartilhada no Whatsapp e o vídeo viralizou rapidamente. O detalhe é que o adolescente estava desaparecido desde 31 de maio e os familiares o reconheceram quando também receberam o vídeo do adolescente sendo tatuado na testa.

 

Nas imagens é possível perceber que o adolescente não reage às provocações do tatuador e do vizinho dele. Em certo momento, um deles diz: 'vai doer, vai doer'. Em outro momento eles perguntam ao menino o que ele quer tatuar e forçam a resposta: 'ladrão.'

Com o vídeo em mãos, eles foram até o 3º Distrito Policial de São Bernardo do Campo para tentar localizar o paradeiro do adolescente. Segundo relato da família à polícia, o jovem é usuário de drogas e não estaria gozando de suas faculdades mentais.

 

Com as informações passadas pela família, uma equipe de investigadores seguiu até a Rua Jurubatuba, no Centro de São Bernardo do Campo, onde localizaram o tatuador na calçada. No local não funciona um estúdio de tatuagem, mas uma pensão onde Ronildo e Maycon eram vizinhos.

 

Na delegacia, os dois disseram para a delegada Carolina Nascimento Aguiar que o adolescente teria tentado furtar uma bicicleta na região e ficaram revoltados com isso e 'resolveram tatuar o mesmo como forma de punição'.

 

Os indiciados informaram aos policiais que colocaram o jovem em liberdade.

 

O advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo) disse que vai acompanhar o caso, que considera 'gravíssimo'. 'O vídeo circula desde [sexta-feira dia 9] na internet. A polícia agiu corretamente. Submeter alguém a intenso sofrimento físico e psicológico configura tortura. Se ele estava tentando furtar ou roubar eles deveriam chamar a polícia e não torturar.' As informaçõs são da site G1/SP

 

Comentários


Os comentários não expressam a opinião do Jornal Populacional e são de exclusiva responsabilidade do autor.

Encontre mais notícias relacionadas a: Polícia,

Veja Também