Recuo e silêncio de Iris paralisam PMDB e Friboi

Publicado em 31/12/2013 às 21:00
Em Goiás

Passados sete dias da renúncia do ex-prefeito Iris Rezende ao posto de pré-candidato, pouca coisa ou quase nada mudou no PMDB goiano. Júnior Friboi ratificou o recuo do colega com um comunicado em que parabenizou Iris. E só.

O empresário não anunciou nenhuma ação de peso ou aliança para fortalecer sua candidatura. Iris se calou. Prefere que a militância, que ele tanto adora citar, fale por si (e por ele). As redes sociais viraram o muro das lamentação dos iristas. É lá que eles desabafam, insinuam que o partido foi corrompido pelo dinheiro (Iris também fez o mesmo na carta) e até ameaçam um boicote do velho cacique peemedebista à campanha de Friboi.

Iris disse que se retirou da disputa porque não queria ver o partido rachado. Um dos problemas é que juntar o PMDB não se mostra tarefa das mais fáceis. O clima de animosidade entre iristas e friboizistas só aumentou desde a última terça-feira. Há aqueles que separam a legenda entre velha guarda e nova geração.

Neste domingo, a deputada federal Iris de Araújo usou o Twitter para colocar sob dúvida os rumos do PMDB controlado pelo novo grupo. Anteriormente, a esposa de Iris já havia usado a rede social para deixar no ar uma expectativa da volta de Iris.

O golpe final de Iris pode estar reservado para a convenção, em junho. Se até lá o Júnior Friboi não deslanchar nas pesquisas, o ex-governador pode comandar um movimento de levante contra a candidatura do empresário. Iris é o melhor peemedebista nos levantamentos realizados até agora e em alguns cenários aparece empatado tecnicamente com o governador Marconi Perillo (PSDB).