Sexta-feira, 26 de Abril

Tratamento da obesidade em Ceres com endocrinologista Dr. Rodolpho Melo

Publicado em 13/10/2019 às 20:41

Sendo a obesidade um fator de risco para doença coronariana assim como uma condição que predispõe ao desenvolvimento de outros fatores de risco cardiovascular, diante de um paciente com excesso de peso a avaliação clínica cuidadosa se faz necessária. Assim não só o índice de massa corporal deve ser estabelecido mas também a distribuição da gordura corporal deve ser avaliada.



É bem conhecido o fato de que pacientes que apresentam acúmulo de gordura na região do abdômen, o que pode ser detectado pela medida da circunferência da cintura, são mais propensos à doença coronariana. Mulheres e homens com a circunferência do abdômen maior ou igual a 88cm e 102 cm, respectivamente, apresentam maior prevalência de fatores de risco coronariano. A avaliação de história de doença cardiovascular na família, a avaliação dos níveis da glicemia, do perfil lipídico do plasma, da pressão arterial e do hábito de fumar são bastante úteis para estabelecer o risco cardiovascular e estabelecer o plano geral de tratamento.



Considerando que o tratamento para a obesidade requer a adoção não só de um plano alimentar que restringe o consumo de calorias mas também de uma mudança de hábitos que exige a participação ativa do paciente, o papel do médico está em detectar os fatores que possam interferir de forma negativa no sucesso do tratamento antes de iniciar o programa de perda de peso propriamente dito. Simplesmente a prescrição de uma dieta hipocalórica, associada ou não a medicamentos para controlar o apetite ou induzir saciedade, pode ter como consequência a redução de peso em um curto prazo mas está fadada ao insucesso a longo prazo para a maioria dos pacientes.

 

Dr. Rodolpho Melo, médico endocrinologista


Sintomas de depressão são frequentes em pacientes obesos que se mostram desmotivados para o tratamento e muitas vezes decorrem do próprio excesso de peso. Estes sintomas, associados à autoimagem negativa e à baixa autoestima, dificultam os relacionamentos sociais, interferem no comportamento sexual e são fatores importantes que levam à falta de motivação e à sensação de impotência quanto às mudanças necessárias. Cabe ao médico identificar estas barreiras e tentar eliminá-las, oferecendo o suporte psicológico necessário. Só o fato de permitir ao paciente que expresse seus sentimentos e suas dificuldades pode aumentar sua confiança no médico e pode ajudá-lo no sentido de ter uma visão mais otimista do problema.



Investir algum tempo para motivar o paciente, oferecendo informações sobre os custos e benefícios das mudanças de comportamento necessárias, oferecer suporte para que estas mudanças possam realmente acontecer, é de extrema importância para o sucesso do tratamento.



A história do paciente com relação aos seus hábitos alimentares não só é importante para se estabelecer um plano dietético mas também é importante para a identificação de distúrbios mais graves do comportamento alimentar, que, na maioria das vezes, não são referidos de forma espontânea pelos pacientes e que podem impedir a obtenção de resultados satisfatórios. Assim a ocorrência de episódios de compulsão alimentar, do comer noturno e da necessidade de comer induzidos por determinadas condições emocionais devem ser explorados e tratados com cuidado.



Estresse faz parte do nosso dia a dia tanto em casa como no trabalho. Uma das consequências de uma situação estressante é a perda de controle no comer. O aprendizado de técnicas de relaxamento pode ser útil para lidar com o estresse e evitar o descontrole alimentar.



Finalmente é também papel do médico informar ao paciente que a tendência ao ganho de peso não se vai com o tratamento, sendo geneticamente determinada. A noção de que a predisposição para ganhar peso é um problema crônico pode ajudar o paciente a aceitar que as mudanças nos hábitos alimentares e na atividade física devem persistir realmente ao longo da vida. Assim a atividade física a ser realizada deve trazer algum prazer e o plano dietético deve se transformar em seu hábito alimentar normal.



As mudanças no estilo de vida exigem, muitas vezes, um longo período de adaptação e o encontro de fontes alternativas de prazer que não o de comer. Assim sendo, os pacientes devem pesar as vantagens e desvantagens de tais mudanças e devem sentir-se livres para decidir, levando em conta as perspectivas do ponto de vista médico. Texto: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia -  este texto foi editado.

 

Para saber mais a respeito, procure o Dr. Rodolpho Melo, médico endocrinologista.  

Consultas: 


CERES - Clinica Magnificat: 62 3307-1374 / 3307-1322 
URUAÇU - CLIMED 62 3357-6009
JARAGUÁ - Clínica Vitta 62 9.8592-4413
GOIANÉSIA - Clínica de Imagem Santa Luzia: 62 3353-1814.

 

 

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