Quinta-feira, 28 de Março

Aposentados comemoram 66 anos de casados, em Ceres

Publicado em 14/10/2018 às 12:05

Os aposentados Jorge Antônio de Oliveira, de 101 anos de idade, e Maria Lúcia de Oliveira, de 86, completam, neste domingo (14), 66 anos de casados, em Ceres. O casal se conheceu em 1952, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Ela conta que o pediu em casamento em uma estação de trem e, desde então, os dois embarcaram em uma história de amor e companheirismo que completa “Bodas de Ébano”.

 

Em entrevista ao site G1, Maria Lúcia conta que foi ela quem tomou a iniciativa e pediu Jorge Antônio, 15 anos mais velho que ela.

 

“Ele tinha uns trinta e poucos anos e eu ainda não tinha 20, quando ele veio a Goiás para visitar uma namorada. Aí um tio meu convidou ele e outros rapazes a ir visitar a fazenda. Quando ele chegou, eu estava a tecer, conheci eles e continuei o trabalho. No outro dia, mais arrumadinhos, nos encontramos, passamos o dia juntos e, na estação de trem, eu logo perguntei se ele queria se casar comigo. Ele foi embora para Minas Gerais e um ano depois voltou para a gente se casar”.

 

 

“Nós namoramos 3 meses. Não podíamos nem pegar na mão, só quando dançávamos no baile. E ainda assim era bom demais da conta”, disse Maria Lúcia, sorrindo.

 

Maria Lúcia e Jorge Antônio nasceram em Itaúna, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas, apesar das famílias serem amigas, os dois não se lembravam um do outro e só foram ser apresentados em 1951, quando Jorge havia ido visitar uma namorada em Fazenda Nova, na região central de Goiás, para onde a família de Maria Lúcia havia se mudado.

 

“Ele tinha ficado em Minas Gerais para cuidar de um casal de velhinhos. Mas depois que nos conhecemos ele voltou para lá já fazendo os planos de voltar para a gente ficar junto. E cumpriu com o combinado. Graças a Deus nós nos casamos e construímos esta família tão bonita, cheia de festa. Todo ano nossos filhos organizam uma festa para comemorar nosso casamento, e eu espero poder comemorar ainda muito mais”, disse.

 

Família

Ela e o marido tem seis filhos: José, João, Mauro, Lourdes, Maria Filha e Marlene. Outros dois frutos da união morreram. Os filhos os presentearam com 14 netos e outros 9 bisnetos e, segundo Maria Lúcia, a família está sempre a crescer. “A gente às vezes até perde a conta, então é bom sempre estar contando de novo, para não dar falta de ninguém”, brincou.

 

 

A servidora pública aposentada Maria Lúcia de Oliveira Filha, que leva orgulhosa o mesmo nome da mãe, relembra com carinho a história dos pais. Ela afirma que o testemunho de união dos dois motiva a família a celebrar das pequenas conquistas aos grandes marcos, como cada aniversário de casamento do casal.

 

“O que motiva a gente é a união da família e o amor. A gente é movido por isso. Estou agradecendo a vida deles e a minha. Eu consegui me aposentar em Brasília e vir cuidar deles aqui. Minha mãe não sabe ler e mal assina o nome dela. Mas, na humildade, ela e meu pai deram educação de primeira para os filhos. Tudo aqui é emotivo de festa”, afirmou.

 

Bodas de Ébano

 

O casal celebra, neste domingo, Bodas de Ébano, título dado aos casais que completam 66 anos de união. Ébano é o nome de uma madeira de origem africana, muito nobre e forte. A árvore, que atualmente é rara de ser encontrada, é conhecida pela cor escura e pela sua força. Maria Lúcia afirma que são estas umas das principais virtudes dela e do companheiro.

 

“Ele está com mais de 100 anos e graças a Deus está bem. Eu também sou saudável. A audição fica um pouco ruim, mas vivemos com força e com muito amor”, afirmou. (Matéria na Integra do G1 Goiás).

 

 

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