Quarta-feira, 24 de Abril

Gerente de banco é preso suspeito de integrar quadrilha de fraudes bancárias em Goiás

Publicado em 03/02/2017 às 00:22

Após seis meses de investigação do serviço de inteligência da Polícia Militar, cinco homens foram presos em Goiânia na tarde desta quinta-feira por policiais do Batalhão de Operações(Bope). Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por diversas fraudes bancárias.

 

Um dos presos é Thiago Augusto Jacob, gerente do Banco do Brasil da agência da Avenida Anhanguera, em Campinas. Segundo a PM, a quadrilha começa as fraudes em precatórios da União. “Eles falsificavam os alvarás de juízes federais autorizando o saque do precatório e o gerente do banco do brasil criava contas. Ele criou várias contas em nomes de laranjas, de pessoas pobres, humildes, presas e até mortas. Então ele conseguia fazer a retirada do precatório em uma conta e ele pulverizava em várias contas”, explica o tenente Albernaz, do Bope.

 

Mas as fraudes não acabavam aí. Com os dados dos clientes, a quadrilha ainda clonava cartões das vítimas do país inteiro. “Eles pagavam os boletos com esses cartões e esse dinheiro tinha como destino as contas de laranjas. Eram boletos caríssimos”, ressalta o tenente. Em um vídeo gravado pela Polícia Militar, um dos suspeitos, Igor Djalma Shimitel Menezes, mostra como ele pagava boletos para a sua própria empresa.

 

A Polícia Militar acredita que o grupo agia há pelo menos um ano e movimentava milhões. Segundo os cálculos da PM, a quadrilha lucrou cerca de R$ 100 milhões no ano passado. “Só hoje eles iriam movimentar R$ 6,6 milhões. Só não fizeram porque prendemos eles”, comemora Albernaz.

 

Com os suspeitos, a polícia apreendeu 30 cartões clonados, diversos documentos falsificados, cheques e boletos falsos, além de computadores e impressoras de boleto bancário. Um dos presos, Albany Almeida dos Santos, ainda estava foragido e também já tem passagens por estelionado e roubo. Todos os detidos foram encaminhados até a sede da Polícia Federal em Goiânia.

 

Em nota, o Banco do Brasil informou que o funcionário já estava afastado de suas funções desde o dia 30 de dezembro de 2016. “O BB informa ainda que colabora com as investigações da polícia e está adotando todos os procedimentos cabíveis em relação ao caso”, diz o texto.

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