Sexta-feira, 29 de Março

Fuja das armadilhas do financiamento

Publicado em 31/12/2013 às 21:00

A cultura de parcelar as compras é cada vez mais presente entre os brasileiros. O único problema é que, apesar de ser uma ferramenta importante para adquirir o tão sonhado produto, muitos consumidores acabam perdendo o controle e se endividando cada vez mais.

Recente pesquisa divulgada pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) mostra que o número de famílias goianas endividadas caiu em maio para 49,8%. No entanto, para o economista, Marcos Antônio Teodoro, o número ainda é alto.

“Quase metade da população está endividada, por isso, o número é alto sim. Mas pelo menos mostra que as famílias que erraram no passado estão se acertando agora”, afirma.

O economista informa para não comprar produtos no impulso e, antes de tudo, pesquisar preços. “O segredo é não comprar as coisas no impulso. Uma grande arma do consumidor é a pesquisa que deve ser feita antes de qualquer aquisição”.

Para fugir da “bola de neve” que os financiamentos podem criar, ele alerta o consumidor para sempre tentar acertar as compras à vista. “Os consumidores devem procurar pagar à vista. E se por acaso não der, financiar menos para não dar um passo maior que a perna”.

Cartão de crédito

Segundo a pesquisa da Fecomércio, o principal vilão dos goianos é o cartão de crédito. Cerca de 63% deles têm algum tipo de dívida nesse quesito. Paulo Massad, de 31 anos, fez parte desse montante por mais de dois anos. Na época, ele havia ingressado na Universidade para cursar Comunicação Social, mas não se planejou.

“Eu tinha algumas contas que eu parcelei. Entrei na faculdade e as parcelas eram muito caras. No fim eu preferi investir no ensino deixando o cartão estourar, aí juntou tudo e fiquei com a dívida”, relata.

Ele conta que ficou quase dois anos com o nome sujo junto ao Serasa. “Precisei de um tempo para me organizar. Nesse período fiquei dois anos com o nome sujo. Os juros quase duplicaram a minha conta, mas eu consegui chegar a um acordo com o banco e paguei”, explica.

O economista Marcos Antônio lembra que outro perigo é o cheque especial oferecido pelos bancos. “Utilizar o cartão é um bom negócio, mas para quem sabe usar. Os atrasos geram juros altíssimos e também se deve ter cuidado para não cair no cheque especial”.

Grandes investimentos

Muito dificilmente alguém conseguirá adquirir um imóvel, ou até um carro sem precisar parcelar. Por isso que Marcos Antônio atenta os consumidores para usar o parcelamento com sabedoria.

“As pessoas se esquecem que o futuro é incerto. Por isso muitos contraem débitos para daqui 10 anos, mas não dá para saber se conseguirão quitá-las. Pode acontecer muita coisa”, alerta.

O ideal, segundo o economista, é dar uma boa entrada no negócio, por volta de 30 a 40%, para assim financiar menos parcelas e pagar juros menores. “Hoje em dia é comum financiar um carro a longo prazo e pagar quase o dobro do que ele vale”.

Qual o segredo?

A principal dica do economista Marcos Antônio é o planejamento. Para ele, o consumidor que vai se endividar deve antes de tudo se organizar. “Se a família resolve adquirir um bem de custo elevado, o primeiro passo é se planejar. Ela deve se organizar e saber como parcelar essa dívida. E para isso é preciso muita disciplina. Como já falei anteriormente, é sempre bom dar uma boa entrada no negócio para diminuir o número de parcelas e os juros”, pontua.

 O Hoje 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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