Publicado em
21/06/2022
às 09:51
Aparecida de Goiânia
A cabeleireira Jandalira Maria
Edivigens de Novaes, de 49 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro
Nerislei Alves da Silva, segundo denunciou a família da mulher, em Aparecida
de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Irmã dela, a técnica de
enfermagem Eleni Maria de Novaes disse que a mulher estava em um almoço de
família quando foi morta com mais de dez facadas.
Uma covardia brutal o que ele fez
com a minha irmã. Todos nós estamos muito abalados. A minha irmã não merecia.
Uma pessoa cheia de sonhos, trabalhadora, dedicada”, lamentou Eleni Maria de
Novaes, irmã da vítima.
O crime aconteceu por volta das
17h de domingo (19), no Bairro Jardim Ipanema. Eleni disse que Jandalira estava
na casa de parentes almoçando quando recebeu uma ligação do ex dizendo que
estava no portão e queria conversar com ela.
“Minha outra irmã pediu para que
ele conversasse com ela em paz e ele disse que sim. Ele pegou a neném [filha do
ex-casal] nos braços e a neném o estranhou e ele devolveu para minha irmã.
Nisso, quando minha irmã deixou a bebê dentro e voltou, ela já ouviu os gritos
de socorro. Ele já tinha golpeado ela com faca”, disse.
Jandalira foi esfaqueada no
queixo, tórax, abdômen e braço e chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros
e levada para o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo
Louzada (Heapa).
Segundo o hospital, a paciente deu entrada por volta das 18h, em estado gravíssimo, com múltiplos ferimentos por arma branca. Após várias manobras para tentar a estabilização de seu quadro clínico por parte da equipe médica e multiprofissional da unidade, o óbito da paciente foi declarado às 18h40.
Nerislei Alves da Silva, ex-companheiro de Jandalira — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
A família contou que o ex-casal teve um relacionamento de união estável, por três anos, e tem uma filha de 1 ano e 11 meses. A menina foi tirada do colo da mãe minutos antes de ela ser assassinada. Segundo a irmã da vítima, a filha já está sentindo a falta da mãe
“O que mais me preocupa é a
neném, a falta que ela já está sentindo do calor da mãe”, lamentou.
Eleni conta ainda que o suspeito
já tinha histórico de ser agressivo e que Jandalira tinha uma medida protetiva
contra ele.
“Durante esses três anos que eles
ficaram juntos, ela viveu em cárcere privado e sofrendo ameaças. Ele falava
para ela que, se ela fugisse ou chamasse a polícia, ele ia matá-la",
contou.
Depois de matar a mulher, a
família diz que Nerislei fugiu de moto. A Polícia Civil começou a investigar o
caso nesta segunda-feira (20), mas disse que não tinha informações concretas
para divulgar no momento. Até as 17h desta segunda-feira (20), ninguém tinha
sido preso.
A família espera que a justiça seja
feita e que o criminoso pague pelo que ele fez.
“O que eu desejo do fundo do meu
coração é que a justiça seja feita para que esse homem seja preso e pague pelo
crime que ele cometeu”, disse a irmã.
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