Publicado em
06/05/2022
às 13:13
Jataí - GO
A Polícia Civil indiciou Jaredy Wanderley da Silva, de 26 anos, e Brenda Cristina Vidal Marin, 27, por maus-tratos que resultaram na morte do bebê Henry Gabriel Marinho Vidal, de 1 ano, em Jataí, no sudoeste de Goiás. Eles eram padrasto e mãe da vítima, respectivamente. Segundo a corporação, o casal teve a prisão preventiva decretara e está foragido há cerca de um mês.
O inquérito foi concluído no último domingo (1º). A corporação esperou cerca de uma semana para divulgar as informações para não fazer alarde da buscas pelos suspeitos, mas mudou a estratégia e pede que qualquer informação sobre a localização do casal seja denunciada pelo 197.
As investigações concluíram que
Henry era vítima de agressões constantes, mas que uma pancada forte na cabeça
foi a causa da morte. O objeto usado para bater na vítima, no entanto, não foi
encontrado pela perícia.
Foto arquivo do bebê.
Maus-tratos
As investigações constataram que
Henry tinha escoriações, fraturas e até lesões no pulmão, todas de antes do
ferimento que causou a morte dele.
“Conforme análise do perito, esse
quadro revela a brutalidade do ato delituoso e sugere que a criança
experimentou intenso sofrimento físico e psíquico”, descreve o delegado no
relatório do inquérito.
Marlon explicou que a perícia não
indicou estupro, mas que há exames ainda em andamento que podem indicar se
houve algum outro tipo de abuso sexual.
No entanto, nas roupas
periciadas, móveis e utensílios da casa foram achados indícios de sangue do
bebê - mais uma comprovação dos maus-tratos.
Socorro e morte
Henry foi levado pelo padrasto a
um hospital de Jataí no dia 5 de fevereiro deste ano. O responsável
pelo bebê contou à equipe médica que o enteado havia caído da cama e batido a
cabeça. Ainda assim, a unidade de saúde acionou a Polícia Civil porque o bebê
tinha marcas de mordidas e outras lesões que pareciam ser antigas.
Devido à gravidade do quadro de
Henry, os médicos o transferiram para um hospital em Goiânia, onde ele
recebeu tratamento, mas morreu três dias depois.
Segundo o delegado, o padrasto e
a mãe chegaram a ser ouvidos de forma preliminar à época, mas não havia
elementos que pudessem embasar um pedido de prisão para os dois até então.
No entanto, há cerca de um mês,
quando a perícia comprovou os maus-tratos, a Justiça concedeu a prisão
preventiva dos dois, mas eles não foram encontrados.
Se forem presos e condenados,
cada um pode pegar até 14 anos de prisão pelo crime.
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