Quarta-feira, 24 de Abril

Bebê nasce morto em Ceres, família disse que foi negligência do Hospital

Publicado em 01/08/2019 às 23:31

A reportagem do Jornal Populacional foi procurada por uma família de Rialma, para falar sobre um bebê que nasceu morto.

 

O pai do bebê Renato Alves Tomaz, relatou a reportagem, que no dia 23 de julho foi com a esposa de 17 anos, para o São Pio X, em Ceres. O pai fala que a esposa estava com pequeno sangramento, ela foi internada pela manhã e disseram a ele que a esposa estava em trabalho de parto, já no período da tarde, disseram que ela não estava em trabalho de parto, no dia 24, conta o pai, que o médico deu alta pra mulher.

 

Renato Alves, pontua que no decorrer daquela semana, a esposa ficou com pequeno sangramento, já no dia 27 de julho, Renato, relata que a esposa retornou ao hospital com sangramento, o médico segundo Renato, disse que o sangramento não era normal, mesmo assim deu alta para a gravida, caso o sangramento acontecesse era para voltar, se não acontecesse, voltaria na sexta-feira dia 02 de agosto, mas a mulher começou a sangrar de madrugada do dia 29 de julho segunda-feira e retornou ao Hospital Pio X, dando entrada por volta das 4h30 da manhã. Renato, informou que o médico não estava no hospital e que a esposa foi atendida por enfermeira que ligou para o médico dizendo que não estava escutando o coração do bebê dentro da barriga, uma hora depois os médicos compareceram ao hospital, por volta das 5h30 da manhã.

 

 

A família alega que a morte do bebê foi negligência, mesmo que o hospital acolheu, “eles não faziam o papel certo, entendeu, a gente falava que estava sentido dor, mas os médicos nunca comparecia, só falava que era um dorzinha normal, treinamento de contração”. Renato, relatou que na última vez que foi, no dia (29) a esposa sentia muita dor. Durante o período de gravidez, os pré-natais segundo Renato, foram tudo normal. A família disse que vai seguir o caso na justiça.

 

A reportagem procurou a direção do Hospital São Pio X

 

A diretora administrativa recebeu a reportagem do Jornal Populacional, Shirley Kellen Ferreira, disse que ao realizar o levantamento do prontuário da paciente, foi identificado que a gestante esteve no hospital por 5 vezes. Segundo Shirley, a primeira vez foi no dia 30 de junho, foi encaminha pelo médico de Rialma, onde ela queixava de dor no baixo ventre, chamada dor no pé da barriga.

 

Ao chegar no Pio X, de acordo com Shirley, a paciente foi avaliada pela equipe de enfermagem e examinada pelo médico onde foi solicitado exames e constatou que ela estava com infecção de Urina, que segundo a diretora é normal em toda gestante.

 

Renato Alves Tomas - Pai do bebê 

 

No dia 23 de julho, a gestante retornou queixando dor no baixo ventre, dor que normalmente refere-se no último mês de gestação devido ao peso da barriga, nesse dia, disse Shirley, ela foi avaliada pela equipe de enfermagem e médico, e foi orientada a retornar caso necessário. No dia 24 de julho a paciente retornou novamente com a mesma dor, foi solicitado exames para ver se estava com infecção de urina, o que não foi constatado e no dia seguinte, (25) a paciente teve alta e orientada a retornar caso necessário, já no dia 27, a paciente voltou apenas para avaliação.  Disse Shirley.

 

No dia 29 de julho, segundo a diretora administrativa, a paciente chegou as 4h47 da madrugada relatando que as 3h30 da manhã havia sentido o bebê se mexer pela última vez, depois desta hora, o bebê não mexeu mais. A paciente queixava de sangramento, ela foi avaliada pela equipe de enfermagem e avaliada pelo médico plantonista, onde foi identificado que não existia mais batimentos cardíaco fetal.

 

Shirley, informou que foi solicitado intervenção cirúrgica imediata, porém não foi percebido hemorragia de grande volume, hemorragia pequena. A paciente foi para o centro cirúrgico, no ato foi retirado o feto do sexo masculino, porém morto com caraterísticas que havia morrido recentemente, já que o feto estava integro, sem nenhuma lesão. Segundo a família, pesava mais de três quilos.

 

A placenta da paciente, Shirley, conta que foi avaliada pelo médico e não mostrou alteração, mas ela encaminhada para exames de anatomopatológico.

 

 Literatura científica.

 

 Shirley, falou sobre a literatura científica, traz de cada mil crianças nascidas, 18 delas nascem em óbito, das 18, uma morte é inexplicável. Para se saber o motivo do óbito apenas com exames cadavérico, a família, segundo a diretora, não solicitou este exame. Para o hospital, foi uma fatalidade, “acontece, está previsto na literatura médica”. Disse.

 

 

A diretora conta que o bebê não passou da hora de nascer, e que a paciente não teve nenhuma alteração que sugerisse necessidade de fazer uma cesariana. Todas as vezes que a paciente esteve no hospital, foi verificado batimentos cardíacos fetal, dinâmica uterina, se a gestante estaria apresentado contrações que são relacionado ao trabalho de parto. Foi verificado por meio de exame ginecológico de toque se existia abertura de colo uterino, não havia sinal de trabalho de parto e nem no dia (29).  

 

A instituição se sente muito e reconhece que infelizmente fatalidade acontece, como a própria literatura médica trás, são dados estatísticos que de cada mil nascimento, 18 nascem mortos, e um por causa desconhecida.

 

O caso foi parar na Polícia Civil, de acordo com o delegado Matheus Costa Melo, será instaurado inquérito e o fato será investigado para ver se há alguma pessoa culpada neste caso que deve se responsabilizar criminalmente.

 

 

 Certidão de Natimorto (causa morte) Faltou oxigênio para o bebê.

 

Consta na certidão de Natimorto que a causa da morte foi Anoxia Intra Útero, falta de oxigênio.

 

Veja na certidão.

 

 

 

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