Publicado em
20/09/2025
às 15:57
Rio Verde -GO
Rildo Soares, suposto serial killer, 33 anos, suspeito de pelo menos seis mortes em Rio Verde e outros crimes na Bahia, apresenta um padrão violento e característico em seus atos. Segundo o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), a assinatura do suspeito é marcada pela desfiguração do rosto das vítimas e, em muitos casos, pelo uso do fogo para apagar suas identidades.
Entre os casos investigados em que o suspeito pode ter usado fogo está a morte de Monara Pires Gouveia, 31 anos. O rosto da vítima foi completamente destruído pelas chamas após ela ser espancada e sofrer um traumatismo cranioencefálico. Segundo o laudo cadavérico, Monara ainda estava viva quando foi incendiada. “Veja que a face das vítimas deles são completamente destruídas. A Monara ficou com o rosto completamente destruído pelo fogo” afirmou Candeo
Fogo e destruição do rosto das vítimas, (Divulgação PCGO)
O corpo de Elisângela da Silva Souza, 26, encontrado no dia 12, apresentava marcas de espancamento na cabeça, possivelmente provocadas por pedra ou pedaço de madeira, o que também resultou na desfiguração do rosto. “A Elisângela teve o rosto completamente destruído pelas pancadas. O rosto dela estava destruído, a cabeça dela estava destruída”, disse. Para o delegado, Rildo poderia usar qualquer objeto disponível para demonstrar poder, desumanizando a vítima e reduzindo-a a mero objeto de violência
Outro crime atribuído a Rildo ocorreu em 29 de agosto, quando Alexania Hermógenes Carneiro, cerca de 40 anos e em situação de rua, foi encontrada em um terreno baldio próximo ao Clube Dona Gercina, em Rio Verde, com sinais de espancamento. Para a polícia, a repetição de elementos como a destruição do rosto e o uso do fogo reforçam a hipótese de um assassino em série. “É impossível que outro homem pratique um crime exatamente da mesma forma que ele mata as outras duas”, completou Candeo.
Em maio, consta um processo ainda em andamento que indiciou Rildo por furto, roubo e dano ao patrimônio. Segundo os autos, ele teria roubado um carro e, em seguida, incendiado o veículo. Em audiência, alegou que o incêndio ocorreu devido a um curto-circuito. Na ocasião, foi solto mediante pagamento de fiança de R$ 5 mil.
Depoimentos e negações
Em interrogatório, Rildo admitiu ter estado com as vítimas, mas negou as execuções, chegando a afirmar que Monara, além de envolvimento sexual, trabalhava como diarista em sua residência. “Ele fala que a Monara fazia programas com ele, que ela limpava a casa dele e que esteve no dia em que elas morreram, junto com elas. Ele apenas nega ter executado as duas”, explicou o delegado.
Atualmente, o suspeito é investigado por três feminicídios, furto, ocultação de cadáver, tentativa de estupro e latrocínio, além de dois desaparecimentos. O delgado também apuram ainda a ligação dele com outros crimes violentos em Goiás e na Bahia.
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