Publicado em
28/05/2019
às 20:31
No momento que a morte do cantor Gabriel Diniz foi anunciada, seu perfil no Instagram tinha pouco mais de 3,5 milhões de seguidores. Este número já chegou a 4,5 milhões de seguidores em menos de vinte quatro horas depois da confirmação da morte do cantor.
Para além das homenagens e dos fãs do cantor, o filósofo e escritor Fabiano de Abreu fala sobre o que leva pessoas a se mobilizarem com a morte de famosos: 'é muito comum vermos o interesse popular por fatalidades e tragédias, assim como a comoção que notícias da morte de celebridades causa, de modo que a informação é amplamente divulgada em todos os veículos de comunicação, o interesse público é imediato'.
Fabiano aponta que existe um motivo inato para que isso aconteça, e não significa necessariamente que as pessoas sejam más ou tenham apreço pela morte: 'somos por natureza egoístas, mas isso não significa que desejamos o mal do próximo, e sim que sempre queremos o melhor para nós mesmos. A própria consciência de que pessoas famosas também estão sujeitas à morte e a consciência da própria mortalidade'.
Para o filósofo, quando famosos morrem e acontece o curioso fenômeno do aumento do número de seguidores no perfil do falecido nas redes sociais, isto pode ser explicado com diversos fatores: 'tragédias atraem audiência e isso explica o aumento dos seguidores nas redes sociais de famosos que já se foram. As pessoas inconscientemente gostam de propagar notícias de tragédias e sempre que isto ocorre vira assunto em rodas de bate papo em bares e mesas de amigos. Além disso, alguns fãs podem querer seguir o perfil do artista ou celebridade morta para não perder a conexão com aquela figura e manifestar sua admiração por aquela pessoa'.
Filósofo: Fabiano de Abreu.
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