Sexta-feira, 29 de Março

Médicos e especialista em tecnologia criam em Goiás sistema para identificar e coibir atestados médicos falsos

Publicado em 07/03/2019 às 21:44
Em Goiás

Dois médicos e um desenvolvedor de software se uniram para criar um sistema no intuito de identificar e combater atestados falsos. O projeto foi desenvolvido no Centro de Empreendedorismo e Incubação da Universidade Federal de Goiás (CEI/UFG).

 

A plataforma, batizada de Ateftify, já é utilizada para testes em alguns órgãos e deve ser lançada formalmente no final de abril. O sistema, que é on line, será gratuito para médicos. Já para as empresas será cobrada uma taxa de administração.

 

Um dos idealizadores do programa, o anestesista Remulo Orlando Borges, disse que a ideia partiu depois que ele teve um carimbo com seu CRM furtado, o que lhe causou alguns problemas.

 

'Uma vez aqui em Goiânia, assaltaram um carro meu, um furto, e roubaram um carimbo que tinha nesse carro. Depois de alguns meses chegaram alguns atestados falsos no meu nome, atestados que eu não tinha dado”, explica.

 

A partir daí, surgiu o sistema. Ele consiste em um sistema onde médicos e empregadores se cadastram e podem ter acesso aos atestados.

 

'O médico, emitindo nessa plataforma, e a empresa validando na mesma plataforma, a gente consegue fechar um ciclo e ter um atestado totalmente seguro”, pontua o desenvolvedor de software Giuliano Rezende.

 

O atestado emitido pela plataforma é impresso com um número de validação e um QR Code. Por estes dois itens, é possível fazer uma busca no sistema para constatar se o documento é verdadeiro ou não.

 

Crime

 

Apresentar atestado falso é crime previsto no Código Penal, com pena prevista a até um ano para os responsáveis. Além disso, conforme a supervisora de RH Priscilla Brito, o profissional pode ser demitido por justa causa.

 

“Se ele entrega um documento que não é verdadeiro, ele pode sim [ser demitido]. Ele deixou de vir para o trabalho, deixou de cumprir a jornada dele e isso leva com que as outras pessoas tenham que fazer o trabalho dele. Então, a chefia imediata dele vai começar a desconfiar a partir do momento que aquilo é recorrente', explica. (Do G1 Goiás).

 

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