Quinta-feira, 28 de Março

Diretor da Unidade Prisional de Ceres, fala do fato que repercutiu na grande imprensa

Publicado em 15/07/2018 às 16:34

Um fato que ocorreu na Unidade Prisional de Ceres, repercutiu na grande mídia do país, onde um vídeo mostra o diretor da Unidade, Guilherme Vieira, atirando com balas de borracha contra um dos presos.

 

Após quatro disparos, o preso consegue tomar a arma das mãos do diretor, em seguida o servidor partiu para cima do detento com chutes. Logo o detento é imobilizado por agente. As imagens foram gravadas no último dia 3 de julho.

 

Em nota, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) esclarece que a conduta do diretor “respondeu à gravidade do momento tendo em vista que, em uma abordagem crítica, as consequências poderiam ser drásticas para os servidores, que corriam risco de se tornarem reféns e de ter como consequência uma rebelião no local”.

 

A reportagem do Populacional, por telefone falou com Guilherme Vieira, que esclareceu o fato. Segundo ele, no momento que foi dado uma ordem para o detento que não teve a identidade revelada, não obedeceu, e desferiu algumas palavras de baixo calão “quero ver quem é homem de me tirar daqui”.

 

Para Guilherme, é uma subversão a ordem direta, e não havia outra coisa a se fazer, a não ser mostrar tanto para o preso, quanto a outros presos. As ordens legais, ordens claras devem serem seguidas, cumpridas.

 

 

O diretor contou que quando o preso começou a proferir algumas palavras de baixo calão, a desafiar a autoridade do estado naquele momento, inclusive na presença de outros presos. O diretor relata que foi dado uma ordem direta para que todos fossem ao fundo do pátio da unidade, todos segundo Guilherme, obedeceram de imediato, menos o preso subversivo a ordem, que segundo Guilherme, estava desafiando a administração naquele momento.  

 

O diretor falou que entrou junto com outro agente ao pátio, sem arma com munição letal, e foi dada por mais quatro vezes a ordem para que o mesmo fosse para os fundos do pátio, mesmo assim as ordens não foram obedecidas, dizendo que não iria, e não tinha homem que fazia ele ir para o fundo.

 

Daí foi efetuado um disparo que não repercutiu, em seguida o diretor efetuou mais três disparos, o preso reagiu e tomou a arma das mão do agente. Guilherme fala que nesse momento abraçou o preso afim de tentar segura-lo. Em posse da arma, o preso a segurando pelo cano, de acordo com Guilherme, como se fosse um porrete tentando acertar o agente, onde o mesmo desferiu um chute contra o preso, houve um embate corporal, até que o agente conseguiu tomar de volta a arma, uma calibre 12.

 

Após o embate, Guilherme, contou que agiu com mais agressividade e exigiu que ele o (preso) fosse ao chão, e assim a ordem foi obedecida. O servidor disse que foram acertados três disparos contra a perna do detento e um de raspão. Para Guilherme, o procedimento adotado foi correto a subversão a ordem que é um crime de resistência, crime tipificado na lei do código penal atual.

 

Já foi apurado um procedimento administrativo disciplinar feita pela regional, Guilherme que é um dos envolvidos se afastou totalmente do caso e solicitou aos seus superiores que tomassem frente dessa situação.

 

O servidor, informou que foi ouvido o preso, as testemunhas, também dois advogados que foram contratados para defesa do preso, tudo de acordo com que a lei preconiza, dentro do plano de operações padrão da instituição.

 

“Qualquer um que seja que subverterem a ordem mediante violência, será colocado em seu devido lugar, não só este preso, qualquer outro preso, por isso o presídio de Ceres, é referência no estado de Goiás”. Disse Guilherme. O agente falou que dá o respeito, mas também exige respeito.

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