Terça-feira, 16 de Abril

Dengue, Chikungunya, Zika podem matar cuide-se – prefeitura de Ceres

Publicado em 14/01/2018 às 21:26

 

O Aedes aegypti é um mosquito doméstico que pode viver, inclusive, dentro de casa e perto do ser humano. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer.

 

A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir da postura de ovos pelas fêmeas. Os ovos são colocados em água limpa e parada e distribuídos por diversos criadouros que pode ser os locais ou objetos que fazem parte da nossa casa, trabalho ou escola. Por isso, toda a sociedade deve se unir e trabalhar juntos para a eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti. Abaixo, confira alguns cuidados simples que evitam a transmissão:

 

# Mantenha a casa limpa e sem água parada para evitar os possíveis criadouros: nada de manter pratinhos de plantas com água, garrafas pet ou qualquer objeto que facilite o acúmulo de água;

 

# Dê um cuidado especial ao armazenamento e destinação do lixo. Jamais descarte qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos. Latas, caixas de leite e similares, é recomendável retirar o fundo para descartar;

 

# Mantenha as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água nas mesmas;

# Mantenha limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos; a água deve ser trocada diariamente;

# Mantenha piscinas devidamente tratadas;

# Cuidados extras para reservatórios de água: caixas de água devem estar bem tampadas e vedadas. Se optar em armazenar água das chuvas, é importante que tampe bem os recipientes.

 

# A água sanitária também poder ser utilizada para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti. Mas é importante lembrar que ela NÃO PODE ser utilizada em recipientes usados para armazenamento de água para consumo humano e de animais. O tratamento deve ser repetido semanalmente, de preferência em dia fixo, de modo a garantir que a solução continue efetiva.

 

existe mais de um tipo de vírus da Dengue?

 

Sim. São quatro tipos, sendo eles o DENV-I, DENV-II, DENV-III e DENV-IV. Com esses vírus, as pessoas que já foram infectadas podem novamente ficar doentes e desenvolver a forma grave da dengue que, se não for tratada, pode levar à morte. Uma pessoa que já teve Dengue pode pegar novamente? Sim, isso é possível. Porém, a mesma pessoa nunca fica doente por causa do mesmo tipo de vírus, mas poderá ser contaminada pelas outras três espécies de vírus da Dengue.

 

Como é o tratamento da Dengue, de um modo geral?

 

Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios sob prescrição médica que aliviem os sintomas.

 

Gestantes podem utilizar repelente com o mosquito da Dengue?

 

Podem, sim. Elas devem escolher os repelentes com DEET na versão para adultos (15%) com até 6 horas de duração e não a versão infantil, que tem apenas 6 a 9% do ativo e duração mais curta (2 horas). Após a aplicação o repelente evapora e forma uma “nuvem” de aproximadamente 4 cm em volta da pele que repele o inseto. Assim, não é recomendado usar o repelente por baixo das roupas, mas por cima dos tecidos e apenas na pele exposta (braços, colo, pernas, pés). Desta forma, primeiro se usa-se hidratantes, filtros solares, maquiagem e o repelente deve ser o último produto. Além disso, a segurança para a utilização de repelentes ambientais e inseticidas em ambientes frequentados por gestantes depende da obediência a todos os cuidados e precauções descritas nos rótulos dos produtos.

 

O diagnóstico da Dengue se dá através de exame clínico no consultório médico no qual o profissional realiza a Prova do Laço e faz o pedido laboratorial para um exame de sangue no paciente. Não existe tratamento específico contra o vírus da Dengue, nem uma vacina, por enquanto. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a pessoa com Dengue tome muito líquido para evitar desidratação e só use medicamentos com recomendação médica.

 

» Entre os sintomas mais comuns da Dengue estão a febre alta, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. Existem quatro sorotipos no país: DENV-I, DENV-II, DENV-III e DENV-IV. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três.

 

» A Chikungunya é uma doença viral, muito comum em algumas regiões da África, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Na fase aguda, os sintomas são febre alta, dor muscular, exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). No Brasil, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, são vetores em potencial da doença.

 

» Geralmente, os sintomas da Chikungunya se manifestam entre dois a 12 dias e são clinicamente semelhantes aos da Dengue, sendo eles, febre alta, dor muscular intensa, dor de cabeça, enjoo, fadiga e manchas avermelhadas pelo corpo. O que as difere, porém, são as fortes dores nas articulações.

 

» As crianças e os idosos, por terem um sistema imunológico frágil, estão mais propensos a sofrerem com a Chikungunya. Alguns sintomas apresentados são febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos - dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas avermelhadas pelo corpo. Caso perceba algum dos sintomas citados, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e não use medicamentos sem orientação médica.

 

» O Zika Vírus está associado à microcefalia em bebês cujas mães foram contaminadas durante a gestação – e que trazem deficiências variadas. Além disso, há o risco de desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré (doença autoimune que acomete o sistema nervoso), recentemente associada ao vírus e que vitimiza principalmente crianças e idosos. Trata-se de uma doença nova no país. Seu primeiro surto foi registrado em 2007, na ilha de Yap, na Micronésia, e chegou ao Brasil no ano passado, segundo o Ministério da Saúde.

 

» A circulação do Zika Vírus é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Atualmente, o Ministério da Saúde capacitou 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de Zika. Contando com as cinco unidades referência no Brasil para esse tipo de exame, já são 16 centros com o conhecimento para fazer o teste. Nos próximos meses, a tecnologia será transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de Zika em todo o País.

 

» A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) – também conhecida como Polirradiculopatia Aguda Imunomediada, é uma doença neurológica, de origem autoimune, que provoca fraqueza muscular generalizada e que, em casos mais graves, pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar, levando-o à morte.

 

» Pacientes que contraíram Zika Vírus ou, até mesmo, infecções bacterianas e virais, tem maior probabilidade de contrair a Síndrome de Guillain-Barré (SGB). 

 

» A fraqueza muscular é o principal sintoma da Síndrome de Guillain-Barré. Além disso, a doença pode apresentar diferentes graus de agressividade, geralmente acomete as pernas e se espalha para outros grupos musculares, em direção aos braços, tronco e face.

 

» Nos casos mais graves, a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode causar a paralisia total dos membros, além de comprometimento dos músculos respiratórios e da face.

 

» O diagnóstico da Síndrome de Guillain-Barré é feito de forma clínica, a partir da observação e análise dos sintomas, com a complementação de exames laboratoriais que comprovem a impressão médica e exclua outras causas possíveis para a fraqueza ou paralisia muscular.

 

Pra evitar todo este sofrimento, com apenas 10 minutos por semana você pode afastar o perigo da dengue, chikungunya e zika.

 

O mosquito vive dentro de nossas casas. Para garantir a saúde de sua família e de sua comunidade, basta fazer uma checagem de cerca de 10 minutos nos locais onde ele costuma colocar seus ovos.

 

Esta rotina tem que ser semanal, pois este é o período que o Aedes aegypti precisa para se desenvolver e passar da fase de ovo para a fase de mosquito adulto.

 

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