Publicado em
18/09/2017
às 19:59
Vizinhos de Camila Edna Silveira, de 28 anos, e Mário Silva de Moura, de 26 anos, ouviram a mulher pedir para que o criminoso não atirasse contra eles, na noite de domingo (17). O casal foi morto a tiros, no Residencial Primavera, em Goiânia.
Segundo os vizinhos, após os gritos de Camila, foi possível ouvir os disparos. 'Ela gritava muito. Dizia: ‘Não faz isso, não faz isso’, disse uma vizinha de 43 anos.
Moradores da rua também viram o autor dos tiros fugir em um carro branco. Outra vizinha, também de 43 anos, relata que foi a primeira a se aproximar do casal. Ao ver que Mário já estava morto, ela pegou na mão de Camila e orou. 'Pedia a Deus que desse vida a ela, pedi que ela sobrevivesse. Ela estava suspirando ainda', contou.
A moradora conta que possui conhecimentos de enfermagem e, por isso, virou o corpo de Camila de lado para que não engasgasse. Em seguida, vizinhos chamaram as equipes de socorro, mas a jovem acabou morrendo. 'Primeiro, vi o tiro no rosto. Depois que passei a mão no corpo, vi o tiro no abdômen, e quase não estava sangrando. Ali, notei que teve uma hemorragia interna', relatou.
O crime ocorreu por volta das 23h de domingo. Testemunhas disseram à polícia que um homem os chamou no portão, entrou e efetuou os disparos. Mário foi baleado dentro de casa. Já Camila tentou escapar, mas foi atingida quando estava na calçada.
Segundo parentes, Camila é natural de Estreito (MA). Já Mário nasceu em Palmeiras do Tocantins (TO). Ainda conforme a família, o casal namorava há 10 anos. Eles estavam noivos e pretendiam se casar no fim do ano.
Conforme outra vizinha das vítimas, o casal morava no local há cerca de dois meses: “Ela trabalhava de contadora. Ele, em uma farmácia. É menino de caminhada de igreja. Eles acabaram de comprar essa casa, reformaram ela. Estavam muito felizes”, relatou.
Investigação
O delegado Dannilo Proto, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), esteve no local do duplo homicídio para colher as primeiras informações. Ele disse que o casal não tinha antecedentes criminais. Até o momento, foram traçadas duas linhas de investigação.
'Um homem, supostamente conhecido do casal, entrou na casa. Eles conversaram por alguns minutos e houve os disparos. Inicialmente, trabalhamos com as hipóteses de crime passional ou acerto de contas', informou o delegado.
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