Quinta-feira, 25 de Abril

Pai confessa que matou a filha com um tiro na cabeça, em Goianésia

Publicado em 09/04/2017 às 21:41
Goianésia

Marcelo Rodrigues Machado, de 26 anos, foi preso neste fim de semana após confessar ter matado a filha Emilly Beatriz Rodrigues de Jesus, de 1 ano com um tiro na cabeça, em um canavial localizado no Residencial Ipê, no município de Goianésia.

 

De acordo com o delegado da 15ª Delegacia Regional de Polícia de Goianésia, Marco Antônio Maia, a Polícia Civil foi acionada inicialmente para apurar um sequestro.

 

“Ele contou que quatro homens em um carro preto tinham sequestrado ele e a menina como vingança contra a família da mãe da criança. Partimos para a investigação acreditando que era a história verdadeira, mas a perícia técnica começou a apontar falhas na história do Marcelo”, conta o delegado. O suspeito foi encontrado com a menina nos braços. O crime aconteceu na última sexta-feira (7).

 

 

Segundo Marco Antônio, quando os policiais começaram a contradizer a versão do suspeito e a dizer que ele teria que fazer exames para provar que não havia atirado na criança, ele confessou que levou a filha para o canavial com a intensão de matá-la e depois cometer suicídio. “Ele disse que depois de dar o tiro na cabeça da criança não teve coragem de se matar. Por isso inventou a história. Também disse que teve um surto psicótico. Tudo isso aconteceu depois que ele teve uma briga com a esposa”, afirma o delegado.

 

Quando Marcelo percebeu que a menina ainda estava viva, tentou chamar ajuda. Ela chegou a ser encaminhada para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas morreu depois de passar por cirurgia.

 

 

Marcelo disse à polícia que a todo o momento ouvia vozes e depois inventou a história do carro preto para que pudesse explicar as vozes que ele ouvia e o empurrava para o canavial.

 

Marcelo Rodrigues será encaminhado para Goiânia onde passará por mãos de especialistas que tentará descobrir entre outras coisas se ele matou a filha sabendo o que estava fazendo ou se realmente surtou e cometeu o crime quando estava “fora de si”.

 

Caso comprove que ele tinha ciência do que estava fazendo, ele será indiciado por homicídio e poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão, caso contrário, será encaminhado para um presídio psiquiátrico para então passar por um tratamento.

 

A arma (calibre 22 ou 32) utilizada no crime não foi encontrada. Nos próximos dias, uma nova varredura pelo local será feita. A dificuldade em encontrar a arma se dá pelo fato do revólver ser pequeno e o mato estar muito alto.

 

Por já possuir uma arma, o delegado não descarta que o crime foi premeditado, pelo menos no que diz respeito a suicídio.

 

 

 

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