Publicado em
09/04/2017
às 21:41
Goianésia
Marcelo Rodrigues Machado, de 26 anos, foi preso neste fim de semana após confessar ter matado a filha Emilly Beatriz Rodrigues de Jesus, de 1 ano com um tiro na cabeça, em um canavial localizado no Residencial Ipê, no município de Goianésia.
“Ele contou que quatro homens em um carro preto tinham sequestrado ele e a menina como vingança contra a família da mãe da criança. Partimos para a investigação acreditando que era a história verdadeira, mas a perícia técnica começou a apontar falhas na história do Marcelo”, conta o delegado. O suspeito foi encontrado com a menina nos braços. O crime aconteceu na última sexta-feira (7).
Segundo Marco Antônio, quando os policiais começaram a contradizer a versão do suspeito e a dizer que ele teria que fazer exames para provar que não havia atirado na criança, ele confessou que levou a filha para o canavial com a intensão de matá-la e depois cometer suicídio. “Ele disse que depois de dar o tiro na cabeça da criança não teve coragem de se matar. Por isso inventou a história. Também disse que teve um surto psicótico. Tudo isso aconteceu depois que ele teve uma briga com a esposa”, afirma o delegado.
Marcelo disse à polícia que a todo o momento ouvia vozes e depois inventou a história do carro preto para que pudesse explicar as vozes que ele ouvia e o empurrava para o canavial.
Marcelo Rodrigues será encaminhado para Goiânia onde passará por mãos de especialistas que tentará descobrir entre outras coisas se ele matou a filha sabendo o que estava fazendo ou se realmente surtou e cometeu o crime quando estava “fora de si”.
Caso comprove que ele tinha ciência do que estava fazendo, ele será indiciado por homicídio e poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão, caso contrário, será encaminhado para um presídio psiquiátrico para então passar por um tratamento.
A arma (calibre 22 ou 32) utilizada no crime não foi encontrada. Nos próximos dias, uma nova varredura pelo local será feita. A dificuldade em encontrar a arma se dá pelo fato do revólver ser pequeno e o mato estar muito alto.
Por já possuir uma arma, o delegado não descarta que o crime foi premeditado, pelo menos no que diz respeito a suicídio.
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