Sábado, 20 de Abril

Gás de cozinha tem aumento de 12% e preço pode chegar a R$ 67 em Goiás

Publicado em 08/09/2016 às 08:17
Em Goiás

O preço do gás de cozinha sofre um aumento de 12% a partir desta terça-feira (6), conforme o Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás de Goiás (Sinergás). Portanto, o botijão de 13 kg, que custava entre R$ 56 e R$ 60, passa a ser vendido por valores entre R$ 65 e R$ 67.

 

O valor provoca reclamações entre moradores da capital, mas o presidente do órgão, Zenildo Dias do Vale, explica que a mudança no preço acontece todos os anos para aumento dos salários e cobertura do custo de produção.

 

“As companhias de gás aumentam o preço do produto já para as revendedoras com base no custo de produção e para aumentar o salário dos funcionários. As revendedoras também vão fazer isso em novembro, mas já calcularam agora o que vão repassar aos consumidores para não haver dois aumentos. Ainda assim, esses reajustes nos preços já são previstos, acontecem todo ano”, disse.

 

Ainda conforme Zenildo, o custo para a produção e revenda aumentou desde o início do ano. “O preço da gasolina subiu, o valor de carros e motos – que usamos nas entregas –, alimentação, tudo subiu. Com a crise, muitos até tentaram abaixar o preço para vender mais, mas acabaram quebrando por causa do custo que temos para produzir e revender o gás”, esclareceu.

 

Proprietário de uma revendedora de Goiânia, Roberto Santana, contou que o aumento causa desconforto entre os clientes e, às vezes, é preciso abaixar um pouco o preço para conseguir competir.

 

“Nessa época os clientes começam a pesquisar os preços e alguns acabam mudando de revendedora, então perdemos alguns e ganhamos outros. Ainda assim, esse aumento é ruim porque nós, empresários, acabamos por diminuir a margem de lucro para não repassar tudo para o consumidor”, contou.

 

Gerente de padaria, Rosenir Soares, de 30 anos, afirma que reajuste vai impactar nas contas do estabelecimento Goiânia Goiás.

 

Gerente de padaria Rosenir diz que reajuste vai impactar nas contas do comércio.

 

 Reclamações


Gerente de uma pizzaria da capital, Carlos Ney Lopes de Sousa, contou que o estabelecimento gasta até 15 botijões de gás por mês e ficou assustado com o aumento de 12% no valor. “Acho que está fora do limite esse aumento. Com isso vamos ter que fazer um balanço para ver o que podemos cortar para diminuir os gastos. É possível que as pizzas fiquem mais caras”, disse.

 

Já Rosenir Soares, de 30 anos, é gerente de uma padaria na capital e contou que o estabelecimento não deve repassar o reajuste para o consumidor. Ainda assim, a empresa vai precisar rever as contas.

 

“Vai ser um prejuízo porque não podemos repassar esse aumento, que é muito grande, mas também não podemos diminuir a produção. Então vamos ter que avaliar o que fazer e onde vamos fazer cortes para lidar com isso”, explicou.

 

A recepcionista Cleoneide Soares, de 26 anos, contou que cozinha bastante em casa e acredita que o aumento vai impactar no estilo de vida que leva. “Na crise que vivemos esse aumento é completamente fora da nossa condição. Vou ter que abrir mão de passeios, de comer fora e outros tipos de lazer para continuar tendo gás em casa”, comentou. (Com informações do G1 Goiás).

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