Sexta-feira, 19 de Abril

Prontuários do Samu serão auditados e servidores envolvidos investigados

Publicado em 24/06/2016 às 08:34

Em decorrência da Operação S.O.S. Samu, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vai realizar auditoria nos prontuários de atendimentos feitos pelos servidores investigados e back-up das gravações dos contatos feitos entre as ambulâncias e a central de regulação para avaliar a ocorrência de falhas graves. A ideia, segundo o secretário de Saúde, Fernando Machado, é comparar, ainda, o teor da queixa relatada pela pessoa, no momento do pedido de socorro, e os medicamentos e procedimentos adotados.

 

A auditoria poderá evidenciar, dentre outras coisas, um dos fatos polêmicos levantados pela investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que é a suposta indução proposital e artificial ao coma de pacientes, no interior das ambulâncias, para justificar o encaminhamento deles para UTIs particulares e assegurar o recebimento da propina.

 

 “Se a história que o paciente colocou ao telefone não bater com a história relatada no prontuário e não bater também com os medicamentos e procedimentos feitos, aí a gente pode comprovar um fato muito grave, um delito ético, que, se ficar provado que o médico piorou o estado do paciente para encaminhá-lo para a UTI, eu não sei nem falar qual seria o a tipificação criminal disso”, expõe Machado.

 

Em entrevista ao Jornal POPULAR na quarta-feira (22), o prefeito Paulo Garcia (PT) disse que iria sugerir ao secretário a criação de algum mecanismo de controle e monitoramento no interior das ambulâncias do Samu. Ontem, ao ser questionado sobre o tema, Fernando Machado ponderou que é preciso averiguar o que é permitido e legal, até porque existem regras estipuladas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto ao trato e identidade do paciente.

 

“Você fazer filmagens, por exemplo, é algo que precisa ter a legalidade avaliada. A gente julga que as pessoas que estão atendendo possuem formação adequada e capacidade para isso, e não vai jamais imaginar que se poderia estar cometendo um ilícito da magnitude como os que são relatados pela investigação do MP”, argumenta o secretário.

 

Fernando voltou a afirmar, ontem, que todos os servidores investigados serão afastados de suas atividades até que o caso seja concluído. Assim que eles forem liberados da prisão temporária, eles serão imediatamente comunicados da decisão.

 

 

 

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