Publicado em
22/04/2016
às 09:47
Simone de Souza Almeida, moradora do Jardim Sorrido II em Ceres, entrou em contato com a redação do Jornal Populacional para mostrar uma situação delicada e que merece bastante atenção por parte da Secretária da Saúde de Ceres.
Simone fala que o filho dela de 11 anos, Maxsuel Sousa Martins, precisa de uma cirurgia urgentemente no olho esquerdo, pois está na iminência de perder esta visão.
O garoto segundo a mãe, tem problemas nos dois olhos, ele enxerga apenas um metro de distância.
Simone, relata que levou o filho para realizar exames em Goiânia, o médico que atendeu, disse para mãe que o garoto teria que ir para a fila de espera do Sistema Único de Saúde, (SUS), para um transplante de córnea.
Através do Conselho Tutelar, Simone, levou o filho até um médico em Ceres, que atende nesta área, o menino foi examinado, o médico segundo Simone, informou que Maxsuel, teria que realizar esta cirurgia urgentemente, pois o mesmo pode perder a visão do olho esquerdo.
A cirurgia fica no valor de oito mil reais, o médico segundo Simone fez em um valor de cinco mil reais, porém a moradora não tem a mínima condição de realizar esta cirurgia por este valor.
Ela disse ter procurado a Assistência Social, mas que até agora não obteve resposta, e não deu nenhuma esperança.
Dorinha, uma conselheira tutelar, falou a reportagem do JP, que está acompanhando o caso desta família. Dorinha comenta que esta criança está com problema sério de visão e que só vem piorando a situação.
O exame realizado em Ceres, foi conseguido através do Conselho Tutelar, com um médico oftalmologista.
Dorinha, disse que o médico encaminhou o garoto para a cirurgia em Goiânia, para ser colocado um Anel de Ferrara, indicado, principalmente, aos portadores de Ceratocone que é o caso de Maxsuel, em Ceres.
A mãe faz um apelo aos órgãos competentes, para que ajude o filho dela com dinheiro (cinco mil), para realização desta cirurgia.
Caso Simone não consiga este valor, ela disse vai colocar casa em que mora a venda para que parte do dinheiro seja aplicado na cirurgia.
Simone tem três filhos adolescentes, ela está desempregada, o marido é servente de pedreiro e não tem a mínima possibilidade financeiramente de fazer esta cirurgia.
Secretaria de Saúde
A reportagem procurou a Secretaria de Saúde e conversou com a Kênia Ferreira, diretora de controle e avaliação, ela informou ao JP, que o garoto teria sido regulado ainda no ano passado no Cerof (Centro de Referência em Oftalmologia) na capital goiana.
Kênia, relata que após vários tratamentos com o garoto, médicos do Cerof chegaram a conclusão de que seria necessário uma cirurgia, o menino foi encaminhado para um médico especialista em córnea.
No desespero, segundo Kênia, a mãe de Maxsuel, procurou o Ministério Público para pedir uma solução no caso.
A reportagem também foi ao Ministério Público e conversou com o Promotor de Justiça, Marcos Rios, ele disse que o MP, realizou todos os tramites para que a cirurgia seja realizada o mais rápido possível.
Inclusive segundo Kenia, o Ministério Público encaminhou um ofício ao Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) para que antecipe o procedimento cirúrgico, já que o caso é de urgência.
Documentos do MP, entregues ao Jornal Populacional, informam que o médico em Ceres que realizou consulta no garoto, esclarece de fato que o mesmo necessita de tratamento urgente, que a terapia é a colocação de um anel intraestromal, já que, existe a concreta possibilidade de sua córnea vir a ser necessariamente transplantada.
Segundo as declarações do médico no documento, afirma que o transplante não seria no momento a melhor solução, dado o risco de rejeição, muito frequente em pessoas muito jovens, assim a terapia recomendada destina-se a preservar a córnea e retardar o quanto possível um transplante, e ao mesmo tempo reabilitando visualmente o paciente.
Questionado sobre os riscos eventuais do paciente no prazo de dez dias, disse que se trata de uma situação urgente, mas que em na pior hipóteses, é possível a realização do transplante de córnea para reabilitação visual.
Kênia Ferreira, mencionou que Ministério Público entendeu que o caso terá que aguardar a posição do médico que solicitará a cirurgia e detalhará o que será feito.
Kênia, afirmou ao JP, caso haja algo na cirurgia que o sistema SUS, não cobrir, a Secretaria de Saúde pagará as despesas após negociar com Cerof. A diretora acredita que o Cerof não vai demorar no caso deste garoto.
Tanto a Secretaria de Saúde, quanto o Ministério Público estão empenhados neste caso para que a cirurgia seja realizada o mais rápido possível.
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