Terça-feira, 23 de Abril

Justiça leva donos de lavanderias para o banco dos réus em Jaraguá

Publicado em 29/01/2016 às 23:40
Jaraguá

Teve início na quinta-feira, 28 de janeiro, o julgamento de uma ação criminal no âmbito ambiental contra os donos de lavanderias industriais de Jaraguá. Estiveram na sala de júri, 20 empresários que foram arrolados como réus na peça jurídica, proposta pelo Ministério Público.

 

A audiência de instrução de julgamento ouviu testemunhas e foi aberta ao público e a imprensa. Os empresários falaram através de seus advogados, que também puderam fazer perguntas às testemunhas.

 

Não há um prognóstico sobre a sentença, se será apenas multas pesadas com bloqueio de bens ou até mesmo detenções. Como não foi possível ouvir a todos na primeira audiência, uma segunda deverá ser marcada, provavelmente para o início de março.

  

Hoje Jaraguá, dependente essencialmente das lavanderias para fazer o polo de confecções girar. O problema começou a ser discutido em 2007, sem que tenha havido uma solução definitiva até hoje.

 

O maior problema se concentra na Rua 10, onde está um grande número de lavanderias. Desde que começaram a serem implantados na década de 90, esses empreendimentos ocuparam parte de uma área verde, degradaram e mataram o Córrego Monjolinho.

 

Nos últimos dois anos, o ministério público e a justiça vêm endurecendo contra os empresários, inclusive com o fechamento das lavanderias. Alguns alegam que estão caminhando dentro da lei, criticam uma única ação contra todos e gostariam que o processo tramitasse separadamente. Outros estão procurando se adequar a legislação, mas não resolveram os principais gargalos.

 

 

Para o Ministério Público, o que foi feito até agora pelos empresários e as manobras protelatórias, demonstram que sem uma ação mais contundente e dura a situação não será resolvida nem em médio prazo. Tanto que eliminou a possibilidade de acordos e agora trata da questão apenas na sala do júri.

 

Sem generalizar, alguns empresários concordam que sem a intervenção da justiça, só pela boa vontade dos donos de lavanderias as coisas não vão andar. Porém, lembram que esse é o pior momento da história das confecções de Jaraguá, que vivem uma crise jamais vista, por hora, sem nenhuma perspectiva e acumulando dívidas do ano passado.

 

 “Não discordo da justiça, é preciso uma solução definitiva para a questão ambiental. Mas nesse momento, se fechar as lavanderias, o povo de Jaraguá pode cassar outro rumo” frisou. (Redação Folha de Jaraguá)

 

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