Publicado em
29/01/2016
às 14:50
Uma rede de abastecimento de água com recursos da Funasa, está sendo construída em Ceres, o serviço segundo moradores da área rural do Córrego Telo, em uma estrada vicinal sentido a várias chácaras, começou em novembro do ano passado (2015).
O ponto de captação da água desta rede será acima da foz do Rio Verde intercalada com o Rio das Almas.
Mas a reclamação dos moradores rurais, é que a construção está dificultando a passagem dos mesmos, devido à grande quantidade de barro que se torna quase que intransitável.
Ana Rodrigo de Morais, (Santinha) como é conhecida, foi quem entrou em contato com o JP. Ela disse que os moradores não são contra a construção desta rede de água, eles pedem que a empresa que está construindo, ao abrirem as valas para instalarem a tubulação, após o serviço, que joguem cascalhos para que o trânsito seja facilitado.
Outro morador, José Marques da Silveira, disse que o leite que é buscado na chácara, não está havendo condições do veículo chegar no local para que o leite seja transportado, o morador disse que o produto está sendo levado de carroça distante da chácara para ser entregue ao comprador devido à dificuldade de passagem de carros.
Outros moradores estão com dificuldade de transitar pelo local.
O caso foi parar no Ministério Público. Pela manhã desta quinta-feira (28), eles fizeram a denúncia no MP, onde apresentaram ao promotor do que está ocorrendo.
A reportagem do JP, conversou também com o Promotor Marcos Rios, onde o mesmo falou que com a instalação desta obra em pleno período chuvoso, restou a impossibilidade de trânsito de pessoas e veículos ali.
O promotor comenta que o transporte escolar de estudantes do município, não pode ser mais realizado, as crianças segundo o promotor, estão sendo deixadas em locais distantes de onde moram, enfrentando o barro a pé, os produtores de leite, também não consegue transportar seus produtos. Comentou.
O promotor disse que vai chamar os responsáveis pela obra para fazer um possível ajuste de conduta para que paralise esta obra, até que se passe o período chuvoso. Marcos Rios falou que vai tomar uma medida judicial em favor daquela comunidade.
A reportagem foi até a prefeitura, na Secretaria de Obras, para que eles se manifestassem a respeito, o engenheiro de obras do município, Fernando Henrique, ele informou que foi até o local e verificou que existe alguns pontos, realmente faltam o cascalhamento.
Ele disse que entrou em contato com a equipe de desenvolvimento rural para que se possa fazer umcascalhamento da estrada.
Fernando Henrique, falou sobre o tempo, em virtude da chuva, o tempo não está contribuindo com a frente de trabalho, ou seja, o solo está saturado, e de acordo com a parte técnica e das boas normas, é inviável de continuar com a execução do serviço. Disse Fernando.
Ele relatou que teria que esperar uma frente de sol para executar o serviço, mas disse na possibilidade de se colocar um cascalho.
Uma equipe do Desenvolvimento Rural, segundo Fernando, no período da tarde de ontem quinta-feira (28), ficou de ir até o local da obra para averiguar e ver a possibilidade de iniciar um cascalhamento.
Fernando, falou também que pelo fato da via ser muito estreita, e nesse tempo chuvoso, o terreno saturado (muito molhado), impede de realizar a manobra do caminhão. “ Na verdade, há uma certa dificuldade, porque a gente pode iniciar o trabalho e as vezes piorar”.
Fernando, disse que em dezembro do ano passado (2015), a prefeitura teria notificado a empresa RDO, executora do serviço em virtude do cascalhamento, e que a empresa respondeu a notificação, mas que a própria empresa teria se prontificado a retomar o serviço quando tivesse uma frente de trabalho (estiagem).
Fernando, comenta que a empresa executora é responsável por parte do encascalhamento, já que a mesma está realizando o trabalho tem que deixar a via igual estava antes.
Perguntado a respeito de uma possível paralisação da obra até que se passe o período chuvoso, Fernando informou que há esta possibilidade em virtude da continuação da obra em um período chuvoso, acarretar problemas de segurança e mobilidade.
“Então os transeuntes, os moradores da região podem ter problemas de mobilidade em virtude do tempo chuvoso, imagina agente escavar uma vala, pra colocar a tubulação e chover? A bagunça que iria virar”. Disse Fernando a reportagem.
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