Terça-feira, 23 de Abril

Vereador na cidade de Goianésia é detido suspeito de distribuir remédios

Publicado em 20/01/2016 às 20:42
Goianésia

O vereador Múcio Santana (PDT) de Goianésia, foi preso pela Polícia Civil suspeito de distribuir medicamentos de forma irregular. Conforme o delegado regional Marco Antônio Maia, responsável pelo caso, o político estava doando medicamentos, que precisam de receita para serem adquiridos, em seu gabinete. Após pagar fiança de R$ 5 mil, o parlamentar foi liberado.

 

Conforme o investigador, a Polícia Civil recebeu denúncias anônimas e da Vigilância Sanitária de que o vereador estava repassando os remédios sem receita. “Também fomos informados que o vereador havia divulgado em redes sociais que teria recebido grande quantidade de medicamento e estava convocando a população que precisa para que procurasse ele no gabinete”, afirmou o delegado.

 

Após investigações, a polícia pediu a prisão de Santana, além da busca e apreensão dos remédios no gabinete. A Justiça concedeu ambos os mandados, que foram cumpridos na segunda-feira (18). O político foi solto no mesmo dia, após pagar fiança de R$ 5 mil. No gabinete dele, foram apreendidas diversas caixas de medicamentos.

 

“Chegando lá, realmente havia vários remédios. A grande maioria de amostra grátis que ele teria conseguido. Até agora ele não provou a origem deles. Ele estava até [agindo] de boa fé, querendo ajudar, mas, infelizmente, configura crime. A gente sabe o mal que isso pode provocar. Tinha antibióticos, remédios de uso controlado, que precisam de receita médica”, esclareceu o delegado.

 

No momento da apreensão, o vereador informou às pessoas que iriam buscar os remédios, por meio de uma postagem em uma rede social, que os medicamentos estavam sendo levados e que “[seria] impossível a entrega”.

 

Procurado pelo site G1, o vereador afirmou que tinha intenção de ajudar as pessoas. “Eram medicamentos de amostra grátis que conseguimos da iniciativa privada. Todos de laboratórios conhecidos, dentro do prazo de validade, embalagens não violadas. Não via maldade nisso, pensava que estava ajudando”, afirmou.

 

Conforme o político, dos 40 tipos de medicamentos, apenas três precisavam de receita médica e nenhum era tarja preta. Ainda assim, ele ressalta que pedia às pessoas que fossem ao gabinete que levassem as receitas médicas. O vereador garante que nenhum medicamento foi realmente repassado.

 

“Ninguém pegou nenhum remédio. Achei desnecessário, acho que pode ter sido uma manobra política. Mas a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado de Goiás [MP-GO] vão apurar e tenho certeza que a Justiça vai me inocentar”, concluiu.

 

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