Quarta-feira, 24 de Abril

Família fala de descaso de hospital em Ceres e enfermeira do SAMU (vídeo)

Publicado em 16/01/2016 às 08:53

Indignação! Essa é a palavra que resume o sentimento dos familiares de Taynara Terezinha da Silva de 22 anos, moradora de Rialma.

 

Na última segunda-feira (11/1), Taynara, foi vítima de acidente de trânsito na Avenida Bernardo Sayão em Rialma. O acidente foi por volta das 21h10.

 

Segundo familiares, a vítima teria sido atendida pela equipe de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

 

Familiares ligaram para redação do JP, para falar do mau atendimento do Hospital São Pio X e do SAMU.

 

Em vídeo gravado com Karen Karolina Sampaio Silva, irmã da vítima, relata que ao ser socorrida após o acidente, a irmã foi levada para o Hospital Municipal de Rialma, como o Raio X, segundo Karen não estava funcionando, a vítima foi encaminhada a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Ceres.

 

Já na UPA, Karen, disse que o médico que atendeu a paciente, não queria realizar uma tomografia. Karen relata que Taynara, (irmã), estava com um coágulo na cabeça, além de várias lesões pelo corpo.

 

A tomográfica, disse Karen, foi feita, mas ela ficou chateada do atendimento de uma motorista do SAMU, que segundo Karen, reclamava do horário e que a paciente era muito pesada, “ninguém merece tá carregando uma pessoa tão pesada a noite inteira”. Relatou Karen.

 

Já no UPA, na hora de realizar o Raio X, Karen, comenta que o aparelho não funcionava, e que a paciente clamava muita dor, e teria sido medicada apenas com dipirona e ranitidina.

 

Karen, conta que a irmã necessitava de uma vaga para o Huana, em Anápolis, o que teria demorado dois dias para conseguir.

Uma enfermeira da UPA, disse que Karen, que teria sido sem educação, e que a paciente estava com frescura, e que não era coágulo. Mas a vítima teve que ser transferida para Anápolis.

 

Daniele Ramos de Assis, que é amiga da vítima, teria acompanhado todo o caso, também relatou ao JP, sobre o acontecido.

 

Após o acidente, assim que o SAMUfoi atender, Daniele, falou que a parte de encaixar a maca na ambulância, estaria danificada, o que segundo ela, teve que ser forçado muito para o encaixe com a vítima sobre a maca sofrendo muita dor.

 

A paciente ao ser atendida pelo médico, segundo Daniele, Tayanara teria reclamado de dor na hora de receber pontos em um dos pés, já que anestesia, não pegou, e o médico teria continuado os pontos.

 

Karen, relatou que irmã, (vítima) teria passado por três médicos, e que os mesmos disseram que a paciente não precisaria de ser encaminhada a um neurologista.

 

 Tayanara, foi transferida para o Huana em Anápolis, na quarta-feira (13), no período noturno.

 

Ao finalizar a entrevista, Daniele, disse ao JP, o que mais choca, nem tanto o descaso “ porque a gente já é acostumada com isso na saúde do Brasil”. Daniele, indignada disse que o mais, que a irritou, teria sido a forma que a enfermeira do SAMU (motorista) tratou a paciente.

 

“Ela (enfermeira do SAMU), além de reclamar do horário, ela reclamou da paciente, e humilhou a paciente. Agora, a paciente além de estar sentido muita dor, ela ainda é obrigada a ouvir uma humilhação, isso é um preconceito, chamar ela de gorda, falar que a maca não tá aguentando ela”. Disse Daniele.

 

Ela alega também que a enfermeira do SAMU, disse ter falado que não era obrigado, uma hora daquela de madrugada ficar transportando paciente gorda para cima e para baixo, que a maca estava entortando por causa da paciente.

 

Daniele falou que a mãe da vítima teria pedido para que no transporta até o hospital, que fosse com a ambulância devagar devido a quantidade de buracos nas ruas, pedido não atendido, e que segundo Daniele, o veículo ao passar nos buracos, a cabeça da paciente batia na maca.

 

SAMU

 

A reportagem foi até a Unidade do SAMU em Ceres, e conversou com a Coordenadora Geral de Enfermagem desta unidade, Claudia Maria Pereira da Cunha.

 

Claudia, informou que conversou com a enfermeira que teria supostamente reclamado e chamado a paciente de gorda, isso não condiz com a verdade, não aconteceu nada que elas falaram, o serviço prestado a paciente foi correto.

 

A coordenadora, comenta que ninguém iria falar isso, até pelo fato da ética no atendimento. As pessoas que vão prestar serviço no órgão (SAMU), passam por uma classificação e seleção, e que esta enfermeira, que não terá o nome divulgado, há muito tempo trabalha nesta unidade, e nunca aconteceu isso. Relatou.

 

Em relação a maca, Claudia disse que não está danificada, é que as vezes é preciso fazer uma força para que a mesma se encaixe.

 

Sobre as bacadas que Daniele fala no vídeo, Claudia, relata que a motorista (enfermeira) conduziu a ambulância devagar, com cuidado.

 

Vaga em Anápolis

 

Para conseguir vaga é preciso de passar pela regulação, onde é informado todos os dados clínicos do paciente, ao hospital a ser levado.

 

Se é grave ou não, se há risco de morte ou não, após colher os referidos dados, se houver a vaga, o paciente já é transferido, se não, o paciente acaba por esperar, as vezes pode sair em uma hora de prazo.

 

Claudia, disse que da paciente (Taynara), não apresentava um risco iminente de morte, estava com dor, como foi relatado pela família.

 

Foi feita a regulação para a paciente no Huana, para conseguir a vaga, segundo Cláudia, após ser passado os dados clínicos da vítima ao hospital, foi falado por parte do hospital para Cláudia, que o quadro de Taynara não era uma emergência. Disse a coordenadora ao JP.

 

No caso da Taynara (vítima), disse Cláudia, que seria eletivo (ou seja, a paciente precisa, vai obter o atendimento, mas não corre risco de morte).

 

Segundo, Cláudia, o médico neurologista que a atendeu Tayanara, informou que ao ser examinada em Anápolis, a mesma não havia nada de gravidade, e a encaminhou de volta.

 

Segundo familiares, será registrado um boletim de ocorrência contra a motorista do SAMU e a enfermeira.

 

A reportagem procurou a direção do Hospital São Pio X, e levou o caso até eles, mas até agora não obtivemos o retorno.

 

 

 

 

 

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