Publicado em
08/01/2016
às 17:05
Goianésia
Patrícia Alves Sebastião, de 29 anos, da cidade de Goianésia, com câncer de mama, não resistiu e morreu no Hospital Araújo Jorge em Goiânia.
A paciente foi diagnosticada com a doença, a família denuncia que ela estava hospitalizada há meses, sem o devido tratamento. A família postou na internet, um pedido de ajuda para o caso que repercutiu e teve, mais de 104 mil compartilhamentos.
Em meio a repercussão nas redes sociais, o Secretário Municipal de Saúde, Robson Tavares, emitiu nota esclarecendo sobre o caso Patrícia Alves, de que a mesma havia dado entrada no Hospital Municipal, no dia 22 de novembro do ano passado (2015), com um abscesso na mama esquerda. Foi feito um exame de imagem para identificar ou direcionar o que estava acontecendo e a imagem foi sugestiva de câncer de mama
A desempregada Patrícia Alves Sebastião, de 29 anos, que conseguiu terapia contra câncer de mama após um post na web, morreu na manhã desta sexta-feira (8), no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia. Segundo a unidade de saúde da capital, ela não resistiu às complicações do 'estado avançado' da doença.
Patrícia foi diagnosticada com câncer no dia 28 de dezembro no Hospital Municipal de Goianésia, cidade em que morava. Mesmo com os exames, a irmã da paciente, a operadora de caixa também desempregada Fernanda Alves Rabelo, de 28 anos, disse que não começaram nenhum tratamento enquanto ela estava na unidade de saúde.
A irmã de Patrícia Fernanda, em entrevista ao site G1, conta que Patrícia estava grávida e deu à luz há sete meses. Desde então, ela passou a reclamar de dores no seio esquerdo. “Foi feita a mamografia e acharam um nódulo, mas não sabiam se era maligno ou não”, contou Fernanda.
Durante alguns meses, Patrícia ia ao hospital somente para tomar remédios para a dor. “Em novembro, ela teve um Acidente Vascular Cerebral [AVC] e precisou ficar internada. Desde então ela está na cama, sem andar e o nódulo foi crescendo”, relatou Fernanda.
A equipe do Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, tomou conhecimento do problema e pediu que a paciente fosse transferida para a unidade de saúde, o que ocorreu na quinta-feira (7). Em nota, o hospital disse que foram feitos todos os procedimentos cabíveis, mas não conseguiu evitar a morte da paciente.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde de Goianésia ainda não se pronunciou sobre a morte de Patrícia. O órgão também não explicou o motivo de não ter iniciado o tratamento contra o câncer assim que foram divulgados os resultados dos exames.
Conforme a irmã de Patrícia, no último dia 7 de dezembro foi realizada a biópsia, mas o resultado só saiu em 28 de dezembro. “Mesmo assim ela não começou nenhum tratamento. Eu pedi várias vezes o resultado para tentar transferi-la para o Hospital Araújo Jorge [ em Goiânia], mas não consegui”, disse.
Na quinta-feira, a Secretaria de Saúde de Goianésia havia explicado apenas que a paciente foi internada no Hospital Municipal de Goianésia em 22 de novembro, quando foi diagnosticada com uma inflamação. Ela começou tratamento, mas fugiu em três ocasiões, retornando apenas no último dia 12 de dezembro. De acordo com o órgão, as fugas agravaram 'ainda mais a situação clínica da paciente'.
Jornal Populacional com G1/Goiás
Os comentários não expressam a opinião do Jornal Populacional e são de exclusiva responsabilidade do autor.
0
Caiado aciona tropa de choque em Goiás “Não vai ter invasão porque eu vou tirar todos”
15/04/2024 às 20:09
Violência doméstica em Rialma, filha é suspeita de agredir a mãe com socos e pauladas
22/04/2024 às 12:12
