Sexta-feira, 19 de Abril

PF apura elo de servidores públicos de GO com extração ilegal de madeira

Publicado em 31/12/2013 às 21:00
Em Goiás

A Polícia Federal (PF) investiga o envolvimento de servidores públicos da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (Semarh) na exploração ilegal de madeira, principalmente em áreas de cerrado. Segundo o delegado Sandro Paes Sandre, esses funcionários podem ter oferecido declarações falsas nos processos de licenciamento ambiental para produção de carvão. A investigação faz parte da Operação Metástase, deflagrada nesta quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, em Goiás e mais seis estados. 

A Semarh afirma que colaborou com as investigações da PF durante todo o processo e nega que funcionários da secretaria estejam envolvidos em emissão de documentos falsificados.

De acordo com a PF, o grupo desmatava espécies protegidas por lei, como árvores frutíferas e exóticas. Em seguida, falsificava documentos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), alterando a espécie e origem da madeira transportada. Toda carga era levada até carvoarias, onde eram transformadas em carvão para abastecer a indústria siderúrgica.

Na ação, 400 policiais foram mobilizados para cumprir 48 mandados de prisão, 46 de busca e apreensão e três de condução coercitiva.

Os mandados são cumpridos em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Pernambuco, Tocantins e Bahia. Até às 16h foram presos 30 pessoas, 16 delas só em Goiás. Os suspeitos são donos e funcionários de madeireiras, carvoarias e siderúrgicas.

“Nós acreditamos que a partir do momento que essa investigação revela os envolvidos e a atuação da organização criminosa, nós cremos que conseguimos estancar um pouco essa movimentação de carvão clandestina para empresas siderúrgicas”, afirmou o Sandre.

O Ibama diz que o prejuízo ao cerrado passa de R$ 500 milhões. O órgão garante que vai aplicar sanções administrativas a todas as empresas que comercializavam o carvão ilegal. Serão feitos aproximadamente 300 autos de infração, que totalizam mais de R$ 60 milhões em multas.

De acordo com o delegado, os envolvidos na exploração ilegal dos recursos naturais podem responder pelo transporte e produção ilegal de carvão, falsidade ideológica, estelionato e formação de quadrilha.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

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