Quinta-feira, 25 de Abril

Trecho da BR–153 de Anápolis-GO até Aliança do Tocantins-TO será leiloado

Publicado em 09/04/2014 às 14:28

Está explicado porque o Governo Federal, sequer faz operação tapa buracos na BR-153. Isso decorre da estratégia de privatização da rodovia, onde se imagina que é preciso deixá-la em estado caótico, para os motoristas prefiram a BR com pedágio do que não mãos do governo. Até mesmo o trecho recém duplicado próximo a Anápolis apresentam problemas, outro trecho próximo ao distrito de Jaranapolis, está em meia pista e ao longo da rodovia o que não faltam são enormes crateras. Assim que for feito o leilão em maio, começarão as obras de recuperação da rodovia, antes dela ser entregue ao consórcio vencedor.

De acordo com o Jornal O Popular, após ajustes, o governo vai leiloar a concessão da BR-153, em 23 de maio, também conhecida como Belém-Brasília, no trecho que vai de Anápolis (GO) até Aliança do Tocantins (TO), nas proximidades de Gurupi. Para tornar o negócio atraente, o governo reduziu a extensão a ser concedida em 189 km. Isso teve como consequência uma redução da ordem de 35% nos investimentos a serem feitos pelo concessionário, que tem obrigação de duplicar a rodovia num prazo de cinco anos.

As regras do leilão foram divulgadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A tarifa máxima foi fixada em R$ 9,22 para cada 100 km e estão previstas nove praças de pedágio. Mas, de acordo com o ocorrido na licitação dos três trechos de rodovias federais que cortam o Estado, é possível que haja um deságio de cerca de 50%, puxando o pedágio para cerca de R$ 4,50. Pelo menos três empresas devem apresentar propostas de olho no aumento do fluxo com a entrada em operação da Ferrovia Norte-Sul, afirmam fontes do mercado.

INVESTIMENTOS

Desde o ano passado, o governo vem formatando os leilões para conseguir o maior número possível de participantes e, assim, obter um bom deságio. Nas ofertas realizadas no ano passado, os descontos sobre a tarifa máxima ultrapassaram os 50%. Os investimentos previstos para duplicar todo o trecho, de 624,8 km, estão estimados em R$ 4,31 bilhões. Originalmente, quando a intenção era conceder um trecho mais longo, 814 km ligando Anápolis a Palmas (TO), a previsão de investimentos era da ordem de R$ 6,5 bilhões. A tarifa-teto, porém, não era muito diferente: R$ 9,85 para cada 100 km.

Este trecho da BR-153 é considerado estratégico para o escoamento da produção de grãos e da indústria goiana para o Norte do País e, principalmente, por ser uma das principais vias de ligação entre Goiânia e Palmas (TO). “É um projeto logístico que vai ganhar maior destaque econômico pela viabilização da produção agroindustrial goiana para o mercado consumidor do Norte. Este investimento pode atrair mais empresas para Goiás”, afirmou ao POPULAR o analista de Mercado da Federação da Agricultura do Estado de Goiás, Pedro Arantes.

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