Sexta-feira, 29 de Março

Metade do país acha que 'bandido bom é bandido morto', aponta pesquisa

Publicado em 05/10/2015 às 23:30

Metade da população das grandes cidades brasileiras acredita que 'bandido bom é bandido morto'. A constatação aparece em pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ONG que reúne especialistas em violência urbana do país. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.

 

O levantamento foi realizado no final de julho e fará parte do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado nesta semana. O instituto ouviu 1.307 pessoas em 84 cidades com mais de 100 mil habitantes. 

 

Para a pergunta se bandido bom é bandido morto, 50% disseram concordar, 45% discordaram e o restante não soube responder ou não concorda nem discorda. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, há empate técnico, e a pesquisa indica a sociedade dividida.

 

A diferença aumenta ou cai um pouco quando separada por sexo. Entre os homens, 52% concordam e 45% discordam. Já entre as mulheres, 48% concordam e 46% discordam. Separado por idade, quanto mais velho, mais a expressão é aprovada. Na faixa de 16 a 24 anos, 42% concordam. Já para os que têm 60 anos ou mais, 65% estão de acordo.

 

Quando separado por cor da pele, a maior diferença é entre brancos e pretos. Para os brancos, 53% concordam e 41% discordam. Já entre os pretos, 44% concordam e 50% discordam. Por região do país, a maior diferença está entre o Sudeste – 48% concordam e o mesmo número discorda – e o Sul, onde 54% concordam e 37% discordam.

 

Para o sociólogo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, essa divisão no país é um bom sinal.

 

'Como o copo está meio cheio e meio vazio, metade da população é contra [à afirmação], e isso pode ser visto com uma janela para a construção de políticas públicas. Há espaço para mudança.'

 

 

 

 

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