Quarta-feira, 24 de Abril

Dilma rasga suas bandeiras de campanha

Publicado em 16/09/2015 às 08:15
Brasil

Como se não bastasse a altíssima carga tributária imposta por este país, o governo federal anunciou, na tarde de segunda-feira (14/9), o esperado novo pacote de “maldades”. E ele é péssimo para o cidadão comum.

 

Cortes na casa dos R$ 26 bilhões vão buscar o equilíbrio das contas em 2016. Em médio e longo prazo, os investimentos tendem a retornar ao Brasil. Em contrapartida, nós, o povo, vamos prolongar nossa angústia de pagar muito e receber pouco.

 

A estocada no bolso do contribuinte já era prevista. Só não se sabia como e quando. O pacote afeta diretamente programas importantes, como o ‘Minha Casa, Minha Vida’. Além disso, um novo circuito de tributos vai açoitar o bolso do trabalhador.

 

 Lembra-se da CPMF? Se depender da Fazenda, ela voltará com louvor, apesar de negativas de membros da base nas últimas semanas. Cada transação financeira você fizer será fiscalizada de perto pelo impostômetro (no valor de 0,20%). Parece pouco, mas não é.

 

Há previsão também de diminuição de ministérios e redução de cargos comissionados. O governo brincou tanto com o dinheiro público que agora se obriga também a cortar da própria carne para tentar equilibrar as finanças.

 

Trata-se de um reconhecimento tardio de inabilidade. Dilma Rousseff gastou demais e arrecadou de menos. E pasme, com os índices de desemprego batendo recordes, com a disparada da inflação, numa semana ela pede “amor” para sairmos da crise. Na outra, apunhala o cidadão no coração.

 

Algumas das medidas, entretanto, encontrarão duríssima resistência no Congresso Nacional. A CPMF, por exemplo, não deve passar. Nesse momento, não sei o que seria mais patriótico. Acatar o pacote e fazer um sacrifício para ver o país respirar novamente ou observar a Câmara e o Senado infernizarem a vida do governo, deixando-o sem soluções. Sofrimento consentido ou caos total para pressionar os empoderados a encontrarem alternativas menos cruéis?

 

O Brasil chegou a uma circunstância temerária. O atual governo não teve pudores em rasgar seu discurso de campanha. Dilma fez tudo que disse que não faria. E assim, suas opções ficam cada vez mais escassas. Nesta semana, a Câmara começa a analisar processos de impeachment protocolados pela oposição.

 

Até o surgimento de um critério jurídico, sou contra a queda da presidente. Todavia, observando essa ditadura da incompetência, talvez o melhor para o país, no momento, seja se livrar do PT.

 

Por

Gabriel Bocorny Guidotti

Bacharel em Direito e estudante de Jornalismo.

 

 

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