Sexta-feira, 29 de Março

PMDB reúne em Carmo do Rio para decidir as possíveis pré – candidaturas

Publicado em 21/07/2015 às 21:53
Carmo do Rio Verde

No último dia (16/7) a cúpula do PMDB de Carmo do Rio Verde se reuniu para discutir as possíveis pré-candidaturas a prefeitos e vereadores. A reportagem do Populacional acompanhou parte da reunião em uma residência na cidade.

 

Marcou presença na reunião, o presidente do partido Ronnie Tavares e o ex-candidato a prefeito na última eleição, Geraldo Reis, além de várias outras pessoas.

De acordo com o presidente do partido Ronnie Tavares, o objetivo da reunião é reafirmar que o PMDB está unido e que terá pré-candidato para disputar as próximas eleições municipais em Carmo do Rio Verde.

 

De acordo ainda com o presidente, todas as lideranças que fazem parte do antigo diretório participaram da reunião, onde o partido saiu bem resolvido.

Na reunião ficou acertado que será realizada uma pesquisa na cidade somente para decidir quais dos Pré- candidatos do partido vão disputar na próxima eleição. O que sair melhor na pesquisa, é o que vai disputar e o segundo será o vice. A pesquisa não será veiculada nos meios de comunicação, somente a título de escolha do Pré - candidato.

 

Entrevista

 

O Jornal populacional traz uma série de entrevistas com possiveis pré-candidatos a prefeito, buscando levar ao leitor um perfil das pessoas que podem a vir administrar na próxima gestão. O primeiro deles é Ronnie Tavares de Carmo do Rio Verde. Esta entrevista já havia sido realizada.

 

JP- Hoje seu nome é um dos mais citados para disputar as próximas eleições municipais em Carmo do Rio Verde, como o senhor vê isso?

 

Roninie - Primeiramente é uma honra ser lembrado, me deixa muito feliz, mas, ao mesmo tempo, traz uma grande responsabilidade, já que cria nas pessoas uma expectativa sobre suas ações e atividades. Algo que no meu ponto de vista é positivo.

 

JP - O senhor poderá ser candidato a prefeito nas próximas eleições em Carmo?

 

 

Roninie - Seria pré-maturo fazer uma afirmação desta, há um (01) ano para as eleições. Ser candidato depende de uma série de variáveis: apoio político, aliança com outros partidos, mas o mais difícil nesse processo, no meu ponto de vista, é trazer para sua base de apoio pessoas que estejam dispostas a criar um projeto de governo onde o social seja priorizado e lutar por ele. Pessoas que tenham um conhecimento profundo da realidade de nossa cidade e experiência política local. Eu pessoalmente quero muito, caso venha a ser candidato, trazer pessoas que nunca se envolveram no processo político local. Ideias novas, ações e atitudes novas. Mas respondendo sua pergunta, caso a oposição fique unida, meu nome seja o nome de consenso. Seja criada uma estrutura e um projeto aplicável a nossa realidade hipoteticamente após passar na convenção, isso pode até ocorrer.

 

JP -  O senhor fala muito em aliança, variáveis e pessoas, quem seriam essas alianças, variáveis e pessoas?

 

Roninie - As alianças seriam conseguir o maior número de Partidos Políticos para nos unir. As variáveis seriam a estrutura e as estratégias para a campanha política. Será que a campanha política da forma que foi feita nas últimas eleições municipais é a melhor forma de se fazer? Eu particularmente acho que não. E o apoio de grandes lideranças de nossa cidade, que caso não seja candidato, tem muito a acrescentar e se faz fundamental como é o caso do Dr. Geraldo Reis e outros políticos experientes. Isso caso eu venha a ser candidato, poderá fazer uma diferença tremenda em minha base de apoio.

 

JP -  Nas eleições passada o PMDB ficou dividido aqui em Carmo do Rio Verde. O porquê disso?

 

 

Roninie -  Primeiramente tudo na vida é uma questão de afinidade. Eu conheci o Deputado Bruno Peixoto e por meio dele o Deputado federal Lucas Vergílio e começamos a ter uma ligação política muito positiva, por outro lado o Dr. Geraldo Reis achou melhor continuar apoiando o então candidato Vaguinho e D. Iris, não se pode negar que se o PMDB tivesse um único candidato aqui no Carmo, o êxito para o partido teria sido bem melhor. Mas como eu falei anteriormente, para se trabalhar com alguém um dos primeiros pré-requisito é afinidade.

 

JP - Quais as consequências disso para o PMDB local?

 

Roninie - Embora alguns não concorde, foi positivo. Colocamos pessoas novas na campanha.  Além disso, eu que havia deixado o comando do PMDB local a pedido do Deputado Bruno Peixoto, voltei a ter a presidência do PMDB local. Isso porque havia uma determinação do Diretório Estadual que o Deputado do Partido mais votado ficaria com a indicação para o comando do Partido. Assim o Deputado Bruno Peixoto sendo o mais votado do PMDB aqui no Carmo, me indicou. Hoje o partido está unido, vai ter candidato nas próximas eleições municipais. Buscando não só o fortalecimento do PMDB local, bem como do PMDB estadual.

 

JP -  Por que o PMDB dissolveu todos os Diretórios no Estado e instalou Comissões Provisórias?

 

 

Roninie -  O objetivo do Partido é um só: fortalecer a base para um melhor desempenho nas próximas eleições municipais e estadual. Falei neste últimos 10 dias três vezes com o Deputado Bruno Peixoto e senhor Antônio Só, (antigo membro do Diretório Estadual e ex-secretário de Estado). A determinação e que em todas as cidades, sem exceção, o Partido tenha candidatura própria. Caso a Comissão provisória não queira lançar candidato o Diretório Estadual vai intervir para que isso ocorra. A comissão sendo provisória fica fácil essa intervenção. Mais uma vez a determinação do Partido é que o PMDB tenha candidatura em todas as cidades do Estado. Aqui no Carmo do Rio Verde vamos ter. 

 

JP - Qual a análise que o senhor faz da atual gestão do nosso município?

 

Roninie -  Todos sabem que sou da oposição. Portanto, tudo que eu falar pode levar a antecipação do processo eleitoral municipal. Podem falar que estou advogando em causa própria. Como eleitor e morador da cidade acho que a atual gestão está deixando muito a desejar. Eu estou à espera das grandes obras, como: asfalto novo em toda a cidade, a reforma e modernização das margens do lago, ou seja, execução do plano de governo apresentado nas últimas eleições. Além disso, esperava mais obras do Governo do Estado, que é do mesmo partido do atual Prefeito. Mas o que se vê é que as máquinas que chegaram e as poucas obras que estão sendo feitas na cidade são do Governo Federal ou do próprio Município. A exceção do asfalto do Bairro Jardim Esmeralda. Isso salvo engano.

 

JP- Os prefeitos reclamam da atual situação que se encontram os municípios. Como o senhor vê isso?

 

Roninie -  Não há dúvidas que os municípios estão sendo penalizados pelo Governo Federal e Estadual, mas é necessário fazer a seguinte análise. Os prefeitos quando se propuseram a serem candidatos não sabiam dessa realidade? Não conheciam a folha de pagamento? Não tinham conhecimento da quantidade de funcionários? Não tinham conhecimento do endividamento? Dos precatórios? Portanto, reclamações são pertinentes em situações que foram originadas após o início do mandato. Em situações anteriores a isso, penso eu, que no próprio plano de governo já teria que ter proposta para lidar com essas situações. O que se vê na maioria das cidades no nosso Estado e do País, são reclamações da folha de pagamento, que é muito elevada, e os poucos recursos que chegam. Na minha opinião falta criatividade administrativa para se conseguir mais recursos e principalmente, empreendedorismo. Algo muito utilizado nas gestões privadas e pouco nas gestões públicas.

 

JP - Como o senhor vê a atual câmara de vereadores de Carmo do Rio Verde?

 

Roninie - Primeiramente acho que os vereadores que estão ali merecem nosso mais profundo respeito. Eles foram eleitos e representam a vontade popular. Mas de uma forma geral nas cidades brasileiras, o que se vê são pessoas ocupando o cargo de vereador sem a estrutura necessária para se analisar ou criar projetos de leis. Em muitos casos não sabem direito o verdadeiro papel de um vereador, ou às vezes até sabem, mais não executam. No caso do nosso Município gosto muito do trabalho dos vereadores Divino de Assis e Rodrigo Rezende. Acho o trabalho do Vereador Divino de Assis um exemplo. De uma forma geral os prefeitos atualmente se preocupam muito com a maioria em Câmara. Penso que quando um gestor público tem o apoio popular, essa não deveria ser uma preocupação. Por isso as cidades precisam nas próximas eleições de candidatos a vereadores compromissados com o social. E não com o chefe do poder executivo, como acontece em grande parte das cidades brasileiras. Isso sim vai fazer diferença.

 

JP -  Como o senhor pensa na administração pública atual?

 

Roninie - Penso que se não for mudada a relação da União, dos Estados com os Municípios, a situação pode ficar mais complicada. Hoje existem verdadeiras “Bombas Relógio” nos municípios brasileiros. Como exemplo: os Fundos de Previdência, que estão em muitos casos, praticamente falidos. Mas como falei anteriormente, no meu ponto de vista, falta criatividade e pouco empreendedorismo na administração pública, de uma forma geral. Quando estava na universidade tive aulas de EPB(Estudo dos Problemas Brasileiros) com o professor (hoje Senador) Cristóvão Buarque e ele é autor do livro que eu li e nunca esqueci “Revolução das Prioridades”. Esse livro fala de problemas nacionais enfocando a educação. E acho que está faltando dentro dos municípios, uma “Revolução das Prioridades”. Buscar um novo modelo na forma de administrar o atual está se tornando inviável.

 

JP - Como o senhor vê o atual modelo político brasileiro?

 

Roninie - Infelizmente o poder econômico tem muita força no atual processo eleitoral. Penso que só com uma reforma política profunda e o financiamento público de campanhas as coisas vão melhorar. E podemos ter uma democracia mais verdadeira em sua essência, diminuindo a desigualdade econômica entre os candidatos. Hoje o que vê são verdadeiras incoerências na prestação de contas eleitorais. Se gasta muito mais na campanha do que se vai receber de salário nos 4 anos de mandato.

 

JP -  Como o senhor vê o atual momento do governo federal?

 

Roninie - Sem dúvida é o momento mais difícil desses 12 anos de governo do PT. Não se pode negar que existe uma crise política e econômica. A corrupção tomou uma dimensão jamais vista. Ou o PT faz uma transformação estrutural ou vai ter muita dificuldade nas próximas eleições. Mas não podemos esquecer ganhos sociais originados nesses 12 anos de governo PT. Na nossa cidade temos máquinas novas que chegaram com PAC e obras provenientes de verba do Governo Federal, além de dezenas de pessoas com financiamentos de casas próprias e financiamentos estudantis.

 

JP -  Ronnie Tavares, suas considerações finais.

 

Roninie - Primeiramente muito obrigado pela oportunidade, mas queria finalizar dizendo o quanto é importante as pessoas analisarem bem o perfil dos candidatos, seu passado político, seu comprometimento social, suas atitudes no decorrer da vida, sua conjuntura familiar e aos que ocupam cargos políticos, uma análise profunda das suas atuações e se executaram aquilo que foi proposto nas últimas eleições. Aí sim, observar se eles ainda são merecedores do seu voto. É hora de olhar como está a saúde, a educação, a segurança, o asfalto e se foi executado o plano de governo proposto. Faça uma reflexão profunda sobre isso. E não se esqueça que se sua comunidade não está da forma que você gostaria, em grande parte, isso é consequência da falta de ação dos gestores atuais. E isso pode ser mudado.

 

 

 

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