Sexta-feira, 19 de Abril

Promotor pede prisão de ex-policial do Simve

Publicado em 26/05/2015 às 07:37
Em Goiás

O promotor de Justiça Fernando Krebs entrou com uma representação de prisão preventiva, na tarde desta segunda-feira (25), contra o soldado do Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (Simve) Cássio Carvalho Silva, suspeito de fazer ameaças de morte por meio de um aplicativo de mensagens. Krebs afirma que o militar o considera pessoalmente culpado pelo fim do programa, que foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 26 de março.

 

Nas mensagens de textos trocadas dentro de um grupo fechado do Whatsapp, chamado Concurso PM-GO 2015, do qual o promotor não faz parte, o soldado diz: “Hoje eu queria dar um tiro de 12 semiauto na cabeça do promotor Crebs só para ver se ela tá funcionando [sic]”. Em outro ponto da conversa, o policial diz que os servidores temporários que perderam o emprego poderiam “montar uma milícia armada e tomar conta desse Goiás”.

 

Ao G1, Cássio, que foi desligado da corporação nesta manhã, justificou que a mensagem foi “tirada do contexto original”. “Era um momento de brincadeira no grupo, que é fechado, depois de um momento de frustração”, explicou. Além disso, contou que jamais teve a intenção de realmente executar qualquer uma das ameaças.

 

“Foi um mal entendido. Tentei entrar em contato com o promotor, mas não consegui. Gostaria de pedir desculpas a ele pela brincadeira de mau gosto que ganhou uma repercussão que ninguém imaginava”, disse.

 

O promotor esclareceu que teve acesso às mensagens por meio de um ‘informante’ que faz parte do grupo no aplicativo. Para ele, as conversas representam a incitação ao crime, ameaça e formação de milícia particular. “Essas ameaças foram aderidas por outros, que, a princípio, também seriam policiais temporários. Um deles chega até a ameaçar o presidente do Supremo Tribunal Federal [Ricardo Lewandowski]”.

 

Após a representação criminal contra o policial temporário, Krebs se dirigiu até Brasília para se encontrar com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para informá-lo das ameaças contra ele e as medidas que já foram tomadas.

 

O delegado responsável pelo caso, Alexandre Bruno Barros, disse que vai intimar todos os envolvidos para apurar o caso. “Se houver indícios nesse sentido, vamos pleitear essa medida cautelar restritiva. Essas ameaças poderiam ser sim um motivo para decretar a prisão preventiva”, explicou. 

 

A Polícia Militar informou que já assinou a portaria de exoneração do servidor e que não vai se pronunciar mais sobre o caso.

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