Quinta-feira, 18 de Abril

Polícia apreende mais de 100 mil peças de veículos falsificadas em Itapuranga

Publicado em 28/11/2019 às 11:10
Itapuranga

A Polícia Civil apreendeu mais de 100 mil peças de veículos falsificadas em uma fábrica em Itapuranga, no norte de Goiás. A mercadoria irregular está avaliada em R$ 5 milhões e era revendida em vários estados do Brasil.

 

Segundo o diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, Rodolpho Ramazzini, essa foi a maior apreensão de produtos falsificados desse tipo no ano em todo país. A entidade foi a responsável por informar a Polícia Civil de Goiás após receber uma denúncia.

 

As equipes realizaram a apreensão à última quarta-feira (27). As investigações duraram dois meses, mas a suspeita dos policiais é que os criminosos atuavam há cerca de um ano.

 

“As peças vinham da China e essa empresa trocava as embalagens originais por outras de marcas famosas, gravavam o nome da marca na peça e revendiam. Agora vamos investigar se as pessoas que compravam sabiam que o produto era falso”, disse o delegado Frederico Maciel.

 

As peças foram encontradas em um galpão onde funcionava uma empresa que produzia câmaras de ar. A Polícia Civil acredita que essa era só uma fachada para esconder as falsificações. Ninguém foi preso no momento da operação.

 

“Quando chegamos, havia mais de 20 funcionários trabalhando e todos eles vão ser investigados. O nosso foco era o dono, mas a empresa está no nome de outra pessoa e ele não foi encontrado lá”, explicou o delegado.

 

Os investigados podem responder por vender material impróprio para o consumo e por reproduzir produtos sem autorização da marca.

 

Rodolpho Ramazzini também explicou o perigo que usar essas peças representa ao consumidor.

 

 

“Durante as investigações, compramos algumas peças e enviamos para as indústrias fazerem testes e ficou comprovado que são peças de baixíssima categoria. E a falsificação desse tipo de produto é muito perigosa ao consumidor, porque pode causar acidentes”, disse.

 

Ele explicou que em muitos casos, a falsificação era grosseira, mas como os consumidores finais muitas vezes não viam as peças e embalagens, não tinham como desconfiar.

 

“Esse tipo de produto custa 30% do valor de um original para ser fabricado. Mas o consumidor paga o preço do original. E só a falsificação de peças automotivas gera um prejuízo de R$ 8 bilhões por ano ao país”, completou.

 

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