Sábado, 20 de Abril

Peemedebista afirma que recuo de Iris Rezende é jogada política

Publicado em 31/12/2013 às 21:00
Em Goiás

Do Jornal Opção

Para alguns, o recuo de Iris Rezende (PMDB) em sua pré-candidatura ao governo do Estado que ocorreu nesta semana é o fim de um capítulo; para outros, é somente o início de outro. Em conversa com peemedebistas, de acordo com Jornal Opção Online apurou alguns pontos de vista que ainda rondam o partido.

O vereador Mizar Lemes, presidente do diretório municipal, afirmou em entrevista que o recuo da pré-candidatura de Iris Rezende é jogada política: “O Iris não foi para não haver desgaste. Ainda tem muita coisa para acontecer até a decisão final do partido”. Questionado se essa jogada seria esperar o resultado da pré-campanha de Júnior Friboi surgir, para em seguida, caso a pré-candidatura do empresário não decole, se colocar à disposição novamente do partido, o vereador respondeu: “Olha, em 1998 era para o Roberto Balestra ser o candidato, mas no último minuto foi o Marconi. Esse tipo de coisa pode acontecer”.

O integrante da sigla garantiu que “tudo é possível” até a data de escolha oficial do candidato ao governo do Estado, em junho, e reiterou que Iris tem maioria nos votos em caso de convenção – mesmo discurso dos friboizistas em relação ao apoio a Júnior. Questionado se agora apoiaria Júnior Friboi, o vereador peemedebista sustentou que antes de ser apoiador de Iris, é integrante do PMDB. “Vamos estar com o candidato do PMDB.”

O vereador ainda sinalizou para a possibilidade de outros candidatos, como o deputado estadual e presidente do PMDB em Goiás, Samuel Belchior, saírem ao governo do Estado, caso algo dê errado. Perguntando se essa era uma possibilidade que vem sendo discutida, Mizair respondeu que não, mas novamente afirmou: “Tem muito tempo ainda. Tudo pode acontecer”.

Já Francisco Gedda (PTN) discorda de Mizair Lemes e garante que um político como Iris quando se decide permanece em sua decisão. “Uma pessoa com o histórico de Iris Rezende não prestaria a um papel deste”, afirmou Gedda, completando que “a escolha de candidato ao governo do PMDB é página virada”.

Um dos líderes do movimento pró-Iris, o ex-deputado estadual José Nelto reiterou que o motivo da saída de Iris do páreo foi para não dividir o partido em convenção, e que não há volta em sua decisão. “Só se o Júnior entregar os pontos. Aí ele mostra que ele não tem compromisso com o partido e que é um covarde.” José Nelto explicou que no momento defende que Iris seja o candidato ao Senado Federal, e que caso não haja acordo entre as duas alas do partido (friboizista e irista), Iris vá com uma candidatura independente. “O que não pode é ele ficar de fora da disputa eleitoral.”

Questionado se não há chance para o retorno de Iris mesmo se Júnior Friboi não conseguir emplacar sua candidatura, o ex-deputado afirmou que isso já não cabe aos iristas decidirem. “O futuro do partido está nas mãos de Friboi”, e completou com uma declaração diferente da de Mizair: “É ele que tem a maioria no partido, então ele e seus apoiadores que decidem agora.”

José Nelto disse estar chateado com a decisão de Iris em renunciar sua pré-candidatura e afirmou que agora passará a cuidar de sua própria pré-candidatura à Câmara dos Deputados. A partir da próxima semana ele e os apoiadores de Iris irão se reunir com o ex-governador todas as semanas até as convenções. De acordo com ele, se Iris for realmente ao Senado, ele deve escolher bem um suplente. “Não pode ser incompetente e traidor, porque ele não tem tido sorte com quem escolhe para estar ao seu lado. Não tem tido sorte com ‘as suas crias’.”

 

 

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