Sexta-feira, 19 de Abril

Jovem preso pela PM, morre após passar mal na Delegacia de Jaraguá

Publicado em 28/09/2019 às 22:43
Jaraguá

Um rapaz identificado pela polícia como Wanderson Pereira Cardoso, 23 anos, sentiu mal na Delegacia da Polícia Civil de Jaraguá, algumas horas após ser preso pela Polícia Militar. O Corpo de Bombeiros e o SAMU foram acionados e foram à delegacia, porém o detido não resistiu e morreu. Inicialmente as autoridades acreditam que tenha sido um infarto, familiares cobram uma resposta sobre a morte, resposta essa que agora só vira com o laudo do IML. “Como quê um rapaz de 23 anos morre de infarto” disse um familiar ao repórter Dude Bill.

 

Essa situação teve início com uma operação de combate ao crime de tráfico de drogas encabeçado pela PM e o GPT, quando as equipes em patrulhamento pelo bairro Jardim das Vivendas avistaram um homem identificado como P.H.M.O em atitude suspeita, foi realizada à abordagem, sendo encontrado com ele uma porção de substância branca aparentemente cocaína, em uma embalagem característica do comércio de entorpecentes.

 

Após ser indagado sobre a origem da droga, P.H.M.O relatou que ganhou a porção de entorpecente de Wanderson Pereira Cardoso vulgo 'Miquinho' e havia buscado a porção na casa do amigo, abaixo do 'Esquinão', de posse das informações os militares fizeram o patrulhamento nas mediações, quando avistaram o suspeito transitando em sua motocicleta Yamaha/Factor YBR125.

 

Ao avistar a viatura, ele evadiu-se em alta velocidade pelas ruas do bairro Jardim das Vivendas, dispensando um objeto pela rua, foi realizado o acompanhamento quando Wanderson perdeu o controle da motocicleta e colidiu com um muro, mesmo assim tentou evadir-se, mas não conseguiu e acabou sendo contido de imediato, foi feita a abordagem e posteriormente foi encontrado pelo Soldado Rocha outra embalagem contendo substância branca aparentemente cocaína que havia sido dispensada antes e no bolso haviam 82,00 reais em espécie e a chave da residência.

 

Ao ser indagado pela equipe onde ele morava, Wanderson Pereira Cardoso vulgo 'Miquinho' se negou a dizer, no entanto, já era de conhecimento da equipe o endereço, pois já havia denúncias de venda e consumo de drogas no local. Os militares abriram a residência com a chave que estava com o suspeito e após buscas no interior da residência, foi localizado diversas embalagens com resquícios de droga como cocaína, papéis que contém anotações de vendas de entorpecentes com nomes de pessoas conhecidas pelo uso e comércio de drogas, foi encontrado uma embalagem de balança de precisão.

 

Os detidos foram encaminhados ao Hospital Estadual de Jaraguá (HEJA) e posteriormente foram encaminhados a Delegacia da Polícia Civil para os procedimentos cabíveis. Na sequência correu a situação de mal súbito e morte.

 

Nota de Esclarecimento da Polícia Civil

 

Glênio Ricardo, Delegado da Polícia Civil de Jaraguá.

 

Sobre a infeliz e triste morte do cidadão que passou mal na Delegacia de Polícia de Jaraguá na noite passada (sexta-feira, 27 de setembro), acabei de falar com o perito chefe do Instituto de Criminalística de Goianésia e ele me assegurou, após a necropsia, que se trata de morte a esclarecer. Que não ficou constatado que a morte se trata de qualquer lesão externa e que não há nenhum indício de lesão corporal externa ou tortura. Colheram material do cidadão para uma análise mais pormenorizada”.

 

“A Polícia Civil ainda ressalta que não admite qualquer abuso ou tortura por quem quer que seja. Reafirmando que no caso em epígrafe, não restou configurado nem lesão corporal, muito menos tortura e o IML está tratando como morte a esclarecer. De toda forma, é obrigação da Polícia Civil instaurar o inquérito policial para apurar os fatos, o que já foi feito” diz. Glênio Ricardo, Delegado da Polícia Civil de Jaraguá.

 

APOIO

 

A advogada Jeanne Raquel, manifestou apoio a Polícia Civil pelas redes sociais. “Eu, advogada criminal, atuante nesta cidade, que frequento diuturnamente está Delegacia de Polícia Civil, confio e admiro o Delegado Dr. Glênio e toda sua equipe, e assevero que jamais fariam ou admitiriam que fizesse qualquer tipo de tortura ou algo similar com presos que estão sob sua custodia” afirmou.

 

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