Quinta-feira, 18 de Abril

ScriptA chega em Ceres, novo espaço de aprendizagem

Publicado em 29/07/2019 às 01:22

Demissões, aumento do desemprego, concursos concorridos; essas são algumas das consequências de uma economia instável e de uma sociedade em mudança. Não é preciso ficar horas pesquisando na internet para identificar essa situação, pois já faz parte até das conversas diárias nos lares brasileiros.

 

Se conquistar uma vaga de emprego está difícil agora para quem tem uma graduação, imagine no futuro, principalmente para quem não tiver uma formação sólida, capaz de desenvolver habilidades destinadas a profissões que ainda nem foram criadas. Segundo pesquisa encomendada pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não foram criadas.

 

Isso significa que as profissões de hoje serão extintas? Como as famílias podem preparar os jovens para os desafios da formação? Qual será o papel da escola nesse contexto?

 

Agda Oliveira

Especialista em Língua Portuguesa, Metodologia de ensino e Gestão Escolar

Proprietária da ScriptA – Escola de Redação e Centro de Estudos. 

 

O Jornal Populacional conversou com a especialista em Gestão Escolar pela USP (Universidade São Paulo) e proprietária da ScriptA – Escola de Redação e Centro de Estudos, professora Agda Oliveira, para refletir um pouco sobre a educação contemporânea e o papel da escola neste atual cenário.

 

Populacional – Pesquisas apontam para um grande número de profissões ainda não existentes. Isso significa que as atuais serão extintas?

 

Agda Oliveira – Os números assustam, não é mesmo? Mas os resultados do estudo não significam que as profissões atuais serão extintas, mas certamente serão transformadas e terão uma significativa parceria homem-máquina. As máquinas ajudarão os humanos a transcender suas limitações, direcionando e gerenciando as atividades cotidianas; no entanto, o raciocínio, a criatividade, a inovação e a competência para tomar decisões mais acertadas são os diferenciais da raça humana. Isso a máquina não vai tirar. Ou seja, os profissionais preparados, que dominam a palavra-discurso, criativos e inovadores com certeza terão seu lugar garantido no mercado de trabalho. Porém, os executores de tarefas repetitivas e mecânicas... estes sim, não terão emprego no futuro; já estamos vendo isso acontecer. A revolução tecnológica já está acontecendo, e a internet das coisas trará ainda maiores mudanças, com certeza. Não há mais volta. O futuro chegou.

 

 

Populacional – A Senhora está dizendo que o mercado e a vida exigirão novos conhecimentos e habilidades?

 

Agda Oliveira – Isso mesmo. A globalização e a revolução tecnológica trarão a rapidez das mudanças e a criação de novas indústrias, atividades e produtos. Com isso, diferentes competências deverão ser adquiridas por nós; mudanças constantes e em vários setores exigirão habilidades e conhecimentos diferentes do que se faziam necessários. Obviamente que tantas e tão aceleradas inovações vão significar também uma mudança no sistema educacional a médio e longo prazo. Tanto é verdade que a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) já propõe alterações significativas a partir de 2020. Não é possível mais retroceder nas necessidades que a vida em sociedade nos impõe.

 

 

Populacional – Mas de quais mudanças educacionais a Senhora está falando?

 

Agda Oliveira - O sistema educacional brasileiro se pautou por muitos anos, principalmente o Ensino Médio, por uma educação repetitiva e de treinamento. As mudanças mundiais disseminadas pela tecnologia mostram que é essencial ensinar como os alunos devem aprender, e não somente o que aprender, ou melhor, a educação deve focar na aprendizagem dos alunos e não na ‘ensinagem’ mecânica pura e simplesmente dos conteúdos. É necessário que se desenvolvam habilidades como procedimentos de pesquisa e estudo, produção de textos diversos, assim como procedimentos de buscar, selecionar, avaliar informações que chegam como tsunamis via internet. Não bastará que os jovens saibam buscar informações nos vários canais, mas que tenham capacidade de usar esses dados com impulso criativo, ético e maturidade emocional, pensando na sua própria felicidade e no bem-estar de todos. Enfim, saber aprender, saber ser, saber estar será mais importante do que apenas memorizar um determinado conteúdo ou tarefa.

 

Populacional – E nossas escolas estão preparadas para tudo isso?

 

Agda Oliveira – Não é mais possível que as escolas realizem sozinhas essa tarefa. A formação do cidadão é uma tarefa complexa e deve ser realizada coletivamente. Em Ceres, por exemplo, mesmo sendo uma cidade de referência em educação e saúde como mostram dados de pesquisas recentes, e tendo escolas de excelência; são muitos os desafios para atender aos diferentes perfis de estudantes, à diversidade de saberes e às expectativas e possibilidades de cada um. Atender às exigências dos novos tempos pressupõe um trabalho realizado a várias mãos: políticas públicas de formação para professores, parcerias para complementação do conhecimento, apoio a estudantes que se desenvolvem diferente do grupo; participação e comprometimento efetivo da família com a aprendizagem e o estudo dos filhos. É um esforço hercúleo, mas não há outro caminho.

 

Populacional – E como Gestora escolar, como definiria o papel dos gestores nessa nova realidade para as escolas.

 

Agda Oliveira - Considerando que o efeito da chamada indústria 4.0 ainda não chegou com força máxima ao Brasil e nem a Ceres, e estimando que a automação vá impactar a carreira de mais de 16 milhões de brasileiros e muitos mil em Ceres, um gestor tem o papel de liderar essa mudança; preparar, monitorar e incentivar sua equipe para um trabalho inovador e de excelência. Deve ser aberto e democrático, capaz de ouvir de fato sua equipe, os professores e entender as necessidades da comunidade atendida pela escola, desenvolvendo projetos que fomentem o potencial pleno dos estudantes, valorizando o coletivo e investindo na formação permanente dos professores, sem abrir mão de parcerias e de espaços não institucionalizado de aprendizagem.

 

Populacional – Com essa transformação social, o investimento na educação do jovem deve ser iniciado a partir de qual idade?

 

Agda Oliveira – Os resultados apresentados pelo Brasil no PISA (Programme for International Student Assessment)-   rede mundial de avaliação de desempenho escolar, coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com vista a melhorar as políticas e resultados educacionais – têm mostrado um investimento tardio na formação dos estudantes brasileiros. Tanto as políticas públicas quanto a cultura educacional do nosso país tendem a menosprezar a excelência do que é oferecido ao público infantil e adolescente. Assim, aos 15 anos, nossos jovens apresentam falhas dantescas em leitura e matemática, conforme mostram os últimos resultados.  É fundamental, portanto, que o estímulo e a formação comecem desde a infância. Deixar que o investimento na formação aconteça apenas a partir do final do Ensino Médio é definitivamente não entender as mudanças que estão ocorrendo. Deixar de investir em leitura, em redação e em investigação para os estudantes é cercear-lhes o direito de fazer parte efetiva e cidadã do mundo globalizado e automatizado. Para mudar essa realidade, é essencial que os pais incentivem e proporcionem essa formação desde o início da infância. Só assim, poderão de fato deixar uma herança que jamais poderá ser tirada dos filhos: o conhecimento, a capacidade de resolver problemas e de viver em sociedade de maneira harmônica, feliz e competente.

 

Populacional – Considerando todo esse cenário, a Senhora poderia esclarecer a proposta que a ScriptA – Escola de Redação e Centro de Estudos está trazendo para Ceres?

 

Agda Oliveira – Como expliquei anteriormente, não é mais possível à escola sozinha dar conta da demanda educacional de um mundo globalizado e automatizado. São muitas as demandas nessa nova era.  As informações chegam aos alunos por diversas fontes e recursos. A internet é capaz de trazer ao estudante informações muito mais rapidamente do que os livros didáticos são capazes. Nesse contexto, a ScriptA se propõe a ser uma parceira de escolas e famílias no desenvolvimento de habilidades relacionadas à organização pessoais e dos estudos, à seleção de informações relevantes e secundárias, ao uso significativo e ético das informações, à produção de textos dos mais variados gêneros e finalidades. Enfim, é uma proposta de desenvolver a autonomia e a excelência dos estudantes nos mais variados campos do conhecimento, além de propor um trabalho de incentivo às diferentes estratégias de leitura e ao resgate da cultura local e do país.

 

Populacional – Com esse propósito, quais são as atividades oferecidas pela ScriptA?

 

Agda Oliveira – Além de atender às demandas específicas de cada escola e dos estudantes, a ScriptA oferece para as escolas e professores cursos, palestras e workshop de formação permanentes por meio da A & O Assessoria Pedagógica, que conta com uma equipe de linguistas, matemáticos, mestres, especialistas e doutores em seu quadro de profissionais. Aos estudantes, são oferecidos: apoio educacional (em disciplinas em que demonstram dificuldades), acompanhamento e orientação de tarefas e o curso de Estudo Dirigido. E aos estudantes do Ensino Médio, a ScriptA oferece especialmente um Curso de Redação, preparando-os tanto para a redação do ENEM quanto de outros vestibulares de interesse do estudante. Além, é claro, de oficinas e clube de leitura, com a locação de livros literários para quem é associado. A ScriptA, portanto, está focada no objetivo maior que é a excelência e significativa aprendizagem e na construção do conhecimento. Acreditamos que todos juntos somos capazes de mudar realidades, construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos. A ScriptA está a serviço da sociedade ceresina e da região do Vale do São Patrício. Essa é nossa missão.

 

 

Diretora Luzia Inês e a Coordenadora Pedagógica Yara Prados – especialistas em educação.

Espaço do leitor e locadora de livros

 

Sala para acompanhamento de tarefas e orientação de estudo.

 

Sala de espera para estudantes.

 

Sala de Cursos e Palestras

 

Sala de Apoio Educacional.

Mestra Ana Paula Bacelar – O desafio da argumentação Curso de Redação.

 

Especialista em Língua Portuguesa Andrea Prado

 Projeto de texto - Curso de Redação.

 

 

Doutorando Magno Barbosa – Conhecimento Sociocultural

Curso de Redação.

 Cine ScriptA.

Obras trabalhadas na Colônia de Férias ScriptA.


Arthur se apaixonou pelo livro O carteiro chegou.

Colônia de Férias.

 

Masterchef do livro O caso do bolinho

Colônia de Férias ScriptA.

Inventividade e criação.

Inventividade e inovação.

Eloisa e sua linda centopeia

Livro: Zeropeia.

Luiz Miguel surpreso com o colorido da mão

Livro: Bom dia, todas as cores

Colônia de Férias.

 

 

Brincando com massinha

 

 

Heitor deslumbrado pela mitologia

Colônia de Férias.

 

 

 

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